Dando um gás
O governo vai avançar na terça (23) em seu plano de abertura do mercado de gás —o “choque de energia barata” do Ministério da Economia. Ainda é difícil estimar o impacto para o consumidor, diz Décio Oddone, diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). “O mercado vai se encarregar de estabelecer os valores, é dinâmico. Qualquer previsão de redução tem que levar em conta a volatilidade, depende de preço de commodity, de câmbio.”
na prática Caberá aos estados optar pelas diretrizes recomendadas pela ANP, que quer uniformizar a regulação para tornar o mercado competitivo e quebrar o monopólio da Petrobras. A distribuição de gás hoje é regulada por cada estado. Quem privatizar, poderá acessar mais recursos da União. “Eles não são obrigados. Vão aderir se quiserem.”
power point Entusiasta das mudanças, Oddone trabalha com estimativas de R$ 2 trilhões de investimentos em dez anos no setor de óleo e gás. A cifra faz parte de apresentação que ele levou em recente audiência na Câmara.
pêndulo Na indústria, a expectativa é pela redução de custos, embora possa haver resistência de distribuidoras. Para Percival Amaral, sócio da Ecom Energia, o preço para o mercado industrial cairá só a médio prazo.
suspense “É uma mudança regulatória. Haverá questões que podem envolver até indenizações”, diz Rafael Baleroni, do escritório Cescon Barrieu.
via expressa A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acelerou a concessão de autorizações especiais para farmácias e drogarias. Do início do ano até 12 de julho, baixou o estoque de 7.454 pedidos para 3.009. A agência espera que até o fim do mês o passivo chegue a 700.
fila Em abril, a Anvisa anunciou que reduziria para 30 dias o tempo de espera para autorizar o funcionamento de novas drogarias, prazo dentro da meta do governo. Se a análise levar mais de um mês, a autarquia é obrigada a dar a permissão automaticamente.
pronto socorro A despeito da pesada recuperação judicial, a Odebrecht não está parada. A OEC (Odebrecht Engenharia & Construção) começa a construir 40 centros de saúde em Belo Horizonte. As obras são parte de PPP (Parceria Público-Privada) entre a prefeitura e a companhia, por meio da concessionária Saúde BH, que contratou a OEC.
bata cinza Pela parceria, o agente privado constrói as unidades. Depois de prontas, presta serviços não assistenciais para os centros, como limpeza, manutenção predial, segurança e outras atividades. O poder público fica responsável pelo atendimento médico.
sos Segundo a empresa, os investimentos envolvem R$ 215 milhões e a expectativa é de 750 mil atendimentos por ano após a conclusão das obras.
apressado Cresceu 59% o uso de certificados de origem digital no comércio entre Brasil e América Latina nos últimos 12 meses, segundo a CNI. O documento garante a origem do produto para ter benefício de reduções de impostos.
Até 2016, os preços na Petrobras eram estabelecidos pelo governo, ela era a responsável única pelo pré-sal e construía todos os gasodutos. Era uma empresa de desenvolvimento do governo Décio Oddone, da ANP, sobre quebra de monopólio