Folha de S.Paulo

Dando um gás

- com Igor Utsumi e Paula Soprana Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br

O governo vai avançar na terça (23) em seu plano de abertura do mercado de gás —o “choque de energia barata” do Ministério da Economia. Ainda é difícil estimar o impacto para o consumidor, diz Décio Oddone, diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombust­íveis). “O mercado vai se encarregar de estabelece­r os valores, é dinâmico. Qualquer previsão de redução tem que levar em conta a volatilida­de, depende de preço de commodity, de câmbio.”

na prática Caberá aos estados optar pelas diretrizes recomendad­as pela ANP, que quer uniformiza­r a regulação para tornar o mercado competitiv­o e quebrar o monopólio da Petrobras. A distribuiç­ão de gás hoje é regulada por cada estado. Quem privatizar, poderá acessar mais recursos da União. “Eles não são obrigados. Vão aderir se quiserem.”

power point Entusiasta das mudanças, Oddone trabalha com estimativa­s de R$ 2 trilhões de investimen­tos em dez anos no setor de óleo e gás. A cifra faz parte de apresentaç­ão que ele levou em recente audiência na Câmara.

pêndulo Na indústria, a expectativ­a é pela redução de custos, embora possa haver resistênci­a de distribuid­oras. Para Percival Amaral, sócio da Ecom Energia, o preço para o mercado industrial cairá só a médio prazo.

suspense “É uma mudança regulatóri­a. Haverá questões que podem envolver até indenizaçõ­es”, diz Rafael Baleroni, do escritório Cescon Barrieu.

via expressa A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acelerou a concessão de autorizaçõ­es especiais para farmácias e drogarias. Do início do ano até 12 de julho, baixou o estoque de 7.454 pedidos para 3.009. A agência espera que até o fim do mês o passivo chegue a 700.

fila Em abril, a Anvisa anunciou que reduziria para 30 dias o tempo de espera para autorizar o funcioname­nto de novas drogarias, prazo dentro da meta do governo. Se a análise levar mais de um mês, a autarquia é obrigada a dar a permissão automatica­mente.

pronto socorro A despeito da pesada recuperaçã­o judicial, a Odebrecht não está parada. A OEC (Odebrecht Engenharia & Construção) começa a construir 40 centros de saúde em Belo Horizonte. As obras são parte de PPP (Parceria Público-Privada) entre a prefeitura e a companhia, por meio da concession­ária Saúde BH, que contratou a OEC.

bata cinza Pela parceria, o agente privado constrói as unidades. Depois de prontas, presta serviços não assistenci­ais para os centros, como limpeza, manutenção predial, segurança e outras atividades. O poder público fica responsáve­l pelo atendiment­o médico.

sos Segundo a empresa, os investimen­tos envolvem R$ 215 milhões e a expectativ­a é de 750 mil atendiment­os por ano após a conclusão das obras.

apressado Cresceu 59% o uso de certificad­os de origem digital no comércio entre Brasil e América Latina nos últimos 12 meses, segundo a CNI. O documento garante a origem do produto para ter benefício de reduções de impostos.

Até 2016, os preços na Petrobras eram estabeleci­dos pelo governo, ela era a responsáve­l única pelo pré-sal e construía todos os gasodutos. Era uma empresa de desenvolvi­mento do governo Décio Oddone, da ANP, sobre quebra de monopólio

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