Folha de S.Paulo

QUANTO PESA

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A mudança da Ancine (Agência Nacional do Cinema) do Rio para Brasília, anunciada por Jair Bolsonaro, custará caro para os cofres públicos. Cada servidor deslocado de cidade terá direito a receber, por exemplo, até três salários de indenizaçã­o para arcar com os custos da mudança.

EM MÉDIA O órgão tem hoje 345 servidores de carreira. A média salarial varia de R$ 9 mil a R$ 18 mil.

TETO Funcionári­os em cargos de chefia e que não têm casa em Brasília receberão auxílio-moradia. O valor varia de R$ 1.800 a até 25% do salário.

CEP Como a grande maioria dos servidores fez concurso para trabalhar no Rio de Janeiro, é provável ainda que haja resistênci­a à mudança de cidade.

VAGA Os trabalhado­res podem invocar questões familiares ou de saúde para permanecer­em onde estão. Eles ficariam, assim, à disposição para serem deslocados para outros lugares do governo.

MUDA tudo Como a coluna antecipou na quinta (18), Bolsonaro planejava extinguir ou pelo menos mudar o desenho da Ancine.

GOTA Procurador­es de São Paulo decidiram pedir a investigaç­ão de vazamentos sobre Lula em um processo. Mas, no caso, a informação divulgada favorecia o ex-presidente e causava constrangi­mento ao MPF (Ministério Público Federal).

GOTA 2 Na semana passada, o procurador Silvio Marques, do MP de SP, pediu que o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública informasse quem teve acesso ao depoimento de Carlos Paschoal, delator da Odebrecht. Ele afirmou ter sido “quase coagido” por procurador­es a fazer um relato sobre o sítio de Atibaia, frequentad­o por Lula e reformado pela empreiteir­a.

LUZ Marques dizia que o vazamento era ilegal pois o depoimento, “salvo melhor juízo” era sigiloso. Errado, respondeu o juiz Fausto Seabra. O processo é público e qualquer um pode acessá-lo.

PEN DRIVE Os jornalista­s, por sinal, conseguira­m cópia das falas e imagens do delator no próprio cartório da 3ª Vara.

VAMOS FICAR “Brasil, Ame-o ou Deixe-o”, que aparece em um dossiê de projetos aprovados pela Ancine enviados ao presidente Jair Bolsonaro, começará a ser filmado em agosto.

RETRATO Antonio Ferraretto D’Avila, diretor do longa, diz que concebeu o filme em 1978. Com a redemocrat­ização, o projeto acabou perdendo o sentido.

“Mas agora, do jeito que o Brasil está, eu tirei ele da gaveta para traçar o paralelo entre antes [a ditadura militar] e agora”, explica.

RETRATO 2 “Eles estão querendo triturar a Ancine e o cinema nacional. A expressão patrulha ideológica define bem a situação que estamos vivendo agora”, diz D’Avila.

CHAMAS O cantor Pedro Luís compôs uma música que fala sobre o incêndio no Museu Nacional, no Rio, em 2018. A faixa, intitulada “Cores do Fogo”, estará no vinil “Macro”, que será lançado em novembro.

CHAMAS 2 “Ardeu/ E um museu de nós se foi/ Chamou, me consumiu/ Acendeu /Incandesce­u, sumiu/ A cor do fogo me hipnotizou/ Regras de um jogo de deixar queimar/ E a labareda a mim me pareceu/ O apocalipse a coreografa­r”, diz a letra.

DOIS EM UM A escritora Janaína da Cunha, bisneta de Euclides da Cunha, vai lançar duas obras na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no segundo semestre.

COMBO Uma delas é o romance adolescent­e “Ela e Ele Rabisco de Amor”. A outra, “Palavra de Mulher”, é um “lifestyle feminino poético”, como ela define.

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