Brasil crescerá 1% em 2020, diz Goldman Sachs
A volta do investidor estrangeiro para a economia brasileira depende mais do desempenho de países como China, Índia e África do Sul, do que da reforma da Previdência, avalia o economista Cesar Maasry, que comanda a área de mercados emergentes do Goldman Sachs.
“O cenário doméstico não é o fator mais importante para o fluxo estrangeiro, e sim o cenário global e o apetite por risco em emergentes. É necessário que haja a perspectiva de que o ciclo de crescimento esteja no meio, e não no fim”, afirma o economista do banco americano.
O economista tem a expectativa de crescimento para o país em 2020 no patamar de 1%. Em maio deste ano, a previsão do PIB (Produto Interno Bruto) oficial do banco era de 2,8% para 2020 e de 1,2% para 2019.
A projeção é bem mais modesta do que a média do mercado. Segundo o Focus, a expectativa para 2020 é de crescimento de 2,10%.
“No caso do Brasil, a economia depende da atividade econômica, preços da commodities e condições financeiras, e apenas um está funcionando para o Brasil no momento, que são as commodities. Isso que me preocupa na economia, e não crescer.”
Nesta segunda (22), a pesquisa Focus do Banco Central apontou o primeiro aumento na expectativa para o crescimento econômico de 2019, após 20 reduções seguidas.
O aumento foi de 0,01 ponto percentual, para 0,82%.
A expectativa o IPCA caiu de 3,78% para 3,82%.
O Ibovespa fechou esta segunda em leve alta de 0,48%, a 103.949 pontos. O dólar recuou 0,18%, para R$ 3,739.