Folha de S.Paulo

Sucesso nas telas, ‘Escola do Rock’ ganha os palcos em musical

Musical da Broadway ‘Escola do Rock’ ganha montagem brasileira a partir de quinta (15); roteiro reúne atrações para entrar no clima roqueiro

- — Amanda Nogueira

Os alunos de Horace Green já se formaram, mas continuam fazendo escola. Uma nova turma de crianças prodígio chega a São Paulo na quinta (15) com a estreia da montagem brasileira do espetáculo da Broadway “Escola do Rock” no Teatro Santander.

Inspirado na comédia cinematogr­áfica homônima, de 2003, o musical de Andrew Lloyd Webber leva ao teatro a história conduzida pelo personagem Dewey Finn, um músico que se passa por professor substituto e monta uma banda de rock com seus alunos.

No filme, Finn é personific­ado de forma carismátic­a por Jack Black. Na encenação brasileira, produzida pelo Atelier de Cultura, o papel fica com o ator Arthur Berges.

É justamente o protagonis­ta que recebe o maior trato do diretor argentino Mariano Detry. “Investi muito na imaginação dele. Pensei: ‘o que ele quer conseguir?’”. Além disso, o encenador afirma que sua versão está muito mais coreografa­da.

Três grupos de elenco infantil se revezam nas apresentaç­ões. Quatro crianças de cada núcleo formam a banda que toca ao vivo durante o espetáculo. São elas que imprimem com maior força a grande lição da peça.

“O rock por essência é rebelde e quebra paradigmas”, diz Berges. “Mas, mais do que isso, a peça passa a mensagem de que a criança pode ser o que quiser, independen­te do que a sociedade ou seus pais lhe impuserem.”

Música sem regras

Para quebrar as regras, é preciso primeiro criá-las. É com esse pensamento que a peça constrói a ideia de libertação por meio do rock, contrapond­o-o com a música clássica.

Uma cena do primeiro ato mostra os alunos aprendendo a tocar “Rainha da Noite”, ária de “Flauta Mágica”, de Mozart. O rock virá para contrapor as lições aprendidas naquele ambiente, conta o diretor musical Daniel Rocha.

“Existem ornamentos e floreios que trazem um requinte para a música erudita, e o rock quebra isso”, explica.

Sete músicos profission­ais compõem a orquestra que acompanha a banda da história. Além da trilha original, o texto faz menções a clássicos do rock, como “Smoke on the Water” e “Satisfacti­on”.

Teatro Santander - Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 4003-1212. 959 lugares. Qui. e sex.: 20h30. Sáb. e dom.: 15h e 18h30. Até 15/12. Estreia 15/8. teatrosant­ander.com. br. Ingr.: R$ 75 a R$ 310. Ingr. p/ sympla. com.br.

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Karime Xavier/Folhapress Arthur Berges e elenco mirim durante ensaio no Teatro Santander
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