Folha de S.Paulo

Obra do jornalista Vladimir Herzog é revisitada em mostra

- Isabella Menon

Morto durante a ditadura militar, Vladimir Herzog tem a vida e a carreira jornalísti­ca revisitado­s em nova Ocupação do Itaú Cultural, que abre nesta quarta (14).

Uma das principais curiosidad­es da mostra é a exibição de um curta-metragem de Vlado, que revela uma faceta pouco conhecida do profission­al: o minidocume­ntário “Marimbás” (1963), que retrata um grupo que sobrevivia da pesca no Rio.

Este projeto é fruto de um curso de cinema que o jornalista fez com o cineasta sueco Arne Sucksdorff, importante influência para os diretores do cinema novo brasileiro.

A exposição, que ocupa o primeiro andar do Itaú Cultural, também aborda sua morte precoce, aos 38 anos, quando foi encontrado enforcado na cela do DOI-Codi durante a ditadura —militares disseram à época que ele cometeu suicídio. O caso de Herzog se tornou um símbolo na luta pelos direitos humanos.

Seu lado jornalista é valorizado por nomes como Zuenir Ventura, que, em depoimento, diz que Herzog foi um dos melhores editores com quem ele trabalhou, pelo ótimo texto e por ser extremamen­te detalhista na apuração.

A vinda da sua família, da Croácia para o Brasil, também é relembrada em fotos, cartas e outros documentos.

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Acervo Instituto Vladimir Herzog Imagem do jornalista Vladimir Herzog com sua máquina de escrever

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