Bairros planejados dão novo rumo à expansão de Santana de Parnaíba
Empreendimentos previstos para os próximos anos unem casas, prédios e área de lazer
Com 70% dos condomínios residenciais de Alphaville em seu território, Santana de Parnaíba agora cresce em outras direções com a chegada de megaempreendimentos ao estilo bairro planejado.
Na região da Fazendinha, onde o governo municipal está construindo o Parque Tibiriçá, com 240 mil metros quadrados, a NS Empreendimentos, do Grupo Rezek, já começou a construir o Vila Parque.
A expectativa é de que, até 2025, o terreno de 1,3 milhão de metros quadrados abrigue 12 condomínios de casas e apartamentos, além de um clube exclusivo para moradores com 10 mil metros quadrados.
Como é de praxe nos bairros planejados, as ruas de acesso aos condomínios, assim como as ciclovias, serão públicas.
A primeira fase, o Condomínio dos Pássaros, foi entregue no fim de 2017 —das 606 unidades, entre casas e apartamentos, 80% estão ocupadas.
Quem adquire um imóvel de dois ou três dormitórios, com preços entre R$ 250 e R$ 500 mil, entra automaticamente para a Associação de Moradores do Vila Parque e passa a pagar uma taxa de condomínio de R$ 350 em média.
A taxa dá direito ao uso da estrutura de lazer do clube, que também está pronto: salas de fitness, piscinas, campo de futebol society, duas quadras poliesportivas e uma de vôlei de areia, churrasqueira e espaço para festas com capacidade para 300 pessoas.
Dentro do bairro, ainda será entregue no mês que vem o Open Mall Vila Parque, com lojas, restaurantes e escritórios.
Segundo Luiz Fernando Ferraz Bueno, diretor de incorporação do Grupo Rezek, o empreendimento tem atraído principalmente famílias jovens, com renda mensal entre R$ 5.000 e R$ 12 mil.
“Elas vão em busca de segurança e qualidade de vida. O centro histórico de Santana de Parnaíba está um brinco e muitas obras de infraestrutura estão modernizando a cidade”, afirma.
Um exemplo é que, somente nos últimos cinco anos, a cidade ganhou três novos parques, localizados nos bairros de Colinas da Anhanguera, Cidade São Pedro e Jardim São Luís. Um quarto, no bairro de Jaguari, deve ser inaugurado ainda neste mês.
Entre os novos moradores do Vila Parque, completa Bueno, há gente que trabalha em Osasco e Barueri e também profissionais que se deslocam diariamente para a capital paulista. São 42 quilômetros entre as duas cidades, a partir do centro, boa parte percorridos pela rodovia Presidente Castelo Branco.
“É possível sair de Santana de Parnaíba e chegar à ponte Cidade Jardim em 45 minutos. É mais rápido do que sair da zona leste”, compara Bueno.
A construtora MRV também escolheu Santana de Parnaíba para erguer dois de seus mais novos empreendimentos dentro do programa Minha Casa Minha Vida.
O primeiro lançamento está previsto para este mês: o condomínio Saint Marcel, com 200 unidades divididas em dez torres de quatro andares.
Em seguida, será construído o Saint Charles, no terreno ao lado, com 680 apartamentos divididos em 34 prédios.
As áreas de lazer incluem quadra poliesportiva, salão de festas, espaço gourmet, pomar e até um jardim pet com agility (circuito de exercícios para animais de estimação).
A poucos dias do lançamento oficial do Saint Marcel, o gestor comercial da Regional São Paulo da MRV, Wevertonn de Oliveira Costa, não esconde o otimismo.
“Temos mais interessados do que unidades à venda. Acho que vamos estabelecer um marco no mercado imobiliário da região.”
O prefeito Elvis Cezar (PSDB) estima que Santana de Parnaíba ainda tem muito o que crescer —e afirma que a infraestrutura pública estará preparada para o adensamento urbano.
“A cidade tornou-se o maior canteiro de obras da região oeste metropolitana. Temos mais de 50 obras públicas simultâneas para acelerar o desenvolvimento. Somos o terceiro município que mais gerou empregos no estado de São Paulo em 2018”, diz, acrescentando que o controle da verticalização, com limite de altura dos prédios em quatro andares acima do térreo, garante a qualidade de vida.