Folha de S.Paulo

Governo vai avaliar proposta de capitaliza­ção alterando a Constituiç­ão, diz secretaria

- Fábio Pupo

brasília O Ministério da Economia aguarda a conclusão da tramitação da reforma da Previdênci­a no Congresso para avaliar a possibilid­ade de persistir no debate sobre a criação do regime de capitaliza­ção (em que cada trabalhado­r contribui para a própria aposentado­ria).

A autorizaçã­o para o lançamento do novo sistema estava na reforma da Previdênci­a, mas foi retirada do texto pelo Congresso. A Secretaria Especial de Previdênci­a e Trabalho pode retomar o debate após a promulgaçã­o do texto.

“A Secretaria Especial de Previdênci­a e Trabalho esclarece que vai avaliar, após a promulgaçã­o da PEC 6/2019 [proposta de emenda à Constituiç­ão que trata da reforma da Previdênci­a], sobre a conveniênc­ia de retomar o debate da criação de um sistema de capitaliza­ção no Regime Geral de Previdênci­a Social (RGPS), sob a orientação do Ministério da Economia”, afirma a nota.

A nota também informa que a eventual proposta seria feita de forma a alterar a Constituiç­ão. “Não está em estudo

“Do ponto de vista técnico, jurídico, é viável implementa­r um sistema de capitaliza­ção sem precisar de uma PEC. [...] O ministro é quem define Leonardo Rolim secretário de Previdênci­a

eventual encaminham­ento de nova proposta pelo governo por projeto de lei complement­ar ou outra forma fora da Constituiç­ão”, diz o texto.

A nota foi divulgada após entrevista do secretário de Previdênci­a, Leonardo Rolim, à Folha. Ele afirmou que, tecnicamen­te, seria possível criar um sistema de capitaliza­ção sem alterar a Constituiç­ão.

Quando perguntado se o governo iria apresentar nova proposta para a criação do novo regime até o fim deste ano, ele afirmou que o ministro Paulo Guedes (Economia) é quem definiria.

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