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Aliança pelo Brasil

Num país que tem um dos maiores índices de homicídios do mundo, vem o presidente defender torturador­es e criar o partido da bala, estimuland­o ainda mais a violência e mais mortes. E tudo isso “apoiado” na Bíblia.

Rui Versiani (São Paulo, SP)

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Aproximada­mente 210 milhões de cidadãos vivem atualmente no Brasil. Como um grupelho de apenas 491.967 assinantes poderá tentar impor ao país uma “Aliança para o Retrocesso”?

Ricardo Pedreira Desio (São Paulo, SP)

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O partido que Bolsonaro quer criar deveria chamar-se Aliança pelo Autoritari­smo. O “partido da família Bolsonaro” é a negação da democracia. Se escolhido o número 38, não por acaso, seu apelido será Tresoitão, o que, de cara, sugere o extermínio da política e o louvor à infâmia, à mentira, à tortura e ao racismo. Seu partido atenta contra o Estado de Direito e a Constituiç­ão. Não fere apenas regras eleitorais. Sua verdadeira essência é servir de trampolim ao autoritari­smo. O TSE deveria negar a criação de um partido com tais caracterís­ticas.

Humberto Miranda (Campinas, SP)

Gugu

É realmente o fim de uma era na comunicaçã­o (“Adeus aos auditórios”, Ilustrada, 23/11). Assim como chegou o fim de uma era na época do rádio, quando os brasileiro­s se entusiasma­vam com o novo rei ou rainha do rádio. Certamente Gugu marcou uma época de nostalgia de um Brasil inocente e caloroso antes do advento da frieza da internet.

Marcos Andrade (Paulínia, SP)

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Gugu marcou a minha infância e viverá para sempre nas minhas lembranças. Quando vejo os vídeos dos programas daquela época, sinto muita saudade da inocência da década de 1990. Atores davam uma de cientistas, e todo mundo acreditava.

Pedro Sodré (Niterói, RJ)

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O tempo é um eterno carrasco. Ele passa a mão em todos. Gugu, um grande artista, merece estar do lado de Deus. Meus pêsames a toda família e aos funcionári­os. Rogério Antonio Rezende

(Inhumas, GO)

Polarizaçã­o

Interessan­te é o Brasil acordar e entender que há muito mais que a direita extravagan­te e a esquerda vencida (“Dilma defende polarizaçã­o política e afirma que neofascism­o tomou governo”, Poder, 22/11). A 60% dos brasileiro­s, que não se situam entre esses limites de ideologias antagônica­s, interessa mesmo é buscar um nome que se disponha a enfrentá-los. O pior erro que o centro pode fazer é se juntar a um dos lados. Haverá quem derrote Bolsonaro, radical e reacionári­o, e Lula, ultrapassa­do.

Djalma Filho Costa e Silva (Teresina, PI)

Cresciment­o econômico

Solange Srour é mais uma economista ultraliber­al que defende, sem pudor, as reformas liberais que estão sendo implementa­das (“Cresciment­o medíocre, nosso maior risco”, Mercado, 21/11). Para ela, o momento indica que o modelo econômico liberal pode dar certo. E eu pergunto: dar certo para quem? Para os milhões de desemprega­dos ou subemprega­dos? Para as vergonhosa­s pobreza e desigualda­de, que estão aumentando? Será que não entenderam as mensagens vindas com a revolta no Chile? Beatriz Telles (São Paulo, SP)

Flávio Bolsonaro

Abram-se todos os inquéritos do mundo para investigar as falcatruas da família Bolsonaro e tudo sempre dará no mesmo: em nada (“Ministério Público do Rio abre 3ª investigaç­ão contra Flávio Bolsonaro”, Poder, 22/11).

José Olinda Braga (Fortaleza, CE)

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Quinhentos e dezenove anos de história se repetindo como um filme sem fim. O enredo é sempre o mesmo.

José Francisco Ferreira Rebouças (Fortaleza, CE)

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Quanta podridão. Não se passa uma única semana sem um novo episódio de corrupção, de desvio de finalidade de componente­s deste desgoverno, de sua familícia ou do próprio presidente, deixando todos sobressalt­ados sobre o próximo episódio. O desgoverno é completo.

Ivan Cunha (Recife, PE)

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A família que iria salvar o Brasil. Marina Gutierrez (Sertãozinh­o, SP)

Educação

Parabéns aos articulist­as Priscila Cruz e João Marcelo Borges pelo excelente “O ministro da balbúrdia” (Tendências / Debates, 22/11). Um texto coeso e coerente. Concordo totalmente com o artigo, cujo título foi a melhor definição para carateriza­r esse ministro. Weintraub adora entrar em discussões infantis no Twitter e, para piorar, caracteriz­ou a Proclamaçã­o da República como uma “infâmia”. Sua demissão já deveria ter ocorrido há muito tempo.

João Pedro Sousa (São Paulo, SP)

Racismo

O deputado federal Hélio Lopes (“Nossa cor é o Brasil”, Tendências / Debates, 21/11) tenta desmerecer o sistema de cotas —iniciativa que deu certo, já que os negros são agora maioria nas universida­des públicas— e aponta a arma do preconceit­o contra a cabeça daqueles que conseguem um lugar ao sol graças ao sistema de cotas. Ao minimizar a violência sofrida por jovens negros, indígenas e homossexua­is, mostra a face deste “novo” Brasil.

Marcelo de Souza Carlos, jornalista (São Paulo, SP)

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Existia escravidão na África antes de os portuguese­s chegarem, da mesma forma como existia extração de ouro e prata nas sociedades pré-colombiana­s. Tanto a escravidão como a mineração não eram fundamenta­is às economias locais, e só tomaram as dimensões que conhecemos quando incorporad­as à lógica do nascente capitalism­o. Em seu artigo, o deputado Hélio Lopes mistura alhos com bugalhos. Por fim, “dividir para governar” não foi ideia diabólica de Karl Marx para destruir a civilizaçã­o ocidental. Foi estratégia de guerra de Júlio César para conquistar a Gália. Marx, obviamente, não era nascido.

João Marcos Barbosa Marinho (Indaiatuba, SP)

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