Raquete destruída por Serena em final vai a leilão
nova york | the new york times Os tenistas quebram raquetes em momentos de raiva há muito tempo, mas nenhuma raquete destroçada reverberou mais do que a Wilson Blade que Serena Williams destruiu durante sua final do US Open contra Naomi Osaka, em setembro de 2018.
O rompante custou um ponto a Williams, o que deflagrou uma discussão entre a atleta e o juiz de cadeira que resultou em uma penalidade de um game contra ela. Williams terminou derrotada, não muito tempo depois, o que deu início a uma grande controvérsia sobre sexismo, racismo e a aplicação das regras do tênis.
Agora aquela raquete se tornou um objeto incomum de coleção esportiva. Será colocada à venda nesta segunda-feira (25), pela Goldin Auctions. O lance inicial foi estipulado em US$ 2 mil (R$ 8,4 mil), mas a expectativa é de que a raquete atinja um preço de dezenas de milhares de dólares. O leilão estará aberto a lances até o dia 7 de dezembro.
Justin Arrington Holmes, apanhador de bolas que ficou com a raquete, a vendeu para uma loja algumas semanas atrás. Segundo ele, o comprador lhe disse que entendia pouco de objetos colecionáveis de tênis e não estava certo de que valor de revenda a raquete poderia ter.
A loja ofereceu US$ 500, e Holmes aceitou sem barganhar. Ele não pensou mais na raquete até que fosse contatado para este artigo, e ficou chocado ao descobrir que a peça seria leiloada por muito mais dinheiro. “Em retrospecto, gostaria de que houvesse alguém que pudesse ter me ajudado no processo”, disse. “Não sei como essas coisas funcionam. Queria só me livrar da raquete.”
Chris Brigandi, que lidou com a raquete na loja, não foi localizado para comentar. Um empregado da loja informou que a raquete foi vendida e que a loja não era a responsável por colocá-la em leilão.
Embora Holmes não tenha mais direito à raquete, ele afirmou esperar que, caso ela seja vendida por dezenas de milhares de dólares, o atual proprietário não embolse todo o dinheiro.
“Eles poderiam doar alguns milhares de dólares para uma organização de caridade. Espero que pensem um pouco no bem comum.”