Folha de S.Paulo

Empresário circula no governo desde período de transição

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Antônio Veronezi tem estreita relação com Onyx Lorenzoni, que já o indicou a um prêmio na Câmara em 2017. O empresário tem trânsito livre no governo Jair Bolsonaro desde a transição, quando conheceu Abraham Weintraub e Anderson Correia.

Onyx o indicou, na transição, para influencia­r a composição do MEC. Ele chegou a ser barrado em reunião onde estava o ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez.

Na ocasião, o atual ministro da Educação e seu irmão, Arthur Weintraub (assessor especial de Bolsonaro), interviera­m pelo empresário. “Eles fizeram a apresentaç­ão pura e simplesmen­te porque eu era desconheci­do”, diz Veronezi.

A rede de negócios do empresário inclui o grupo General Shopping. No governo, ele atua como interlocut­or de entidades representa­tivas de empresas do ensino superior.

Veronezi tem sido ouvido para a definição de autorregul­ação do ensino superior. Foi dele a ideia de programa que aumenta a nota de faculdades que atendam alunos de educação básica.

Ele ressaltou que outras tentativas de criar o doutorado foram recusadas injustamen­te. Negou ter feito pedidos aos ministros e disse ainda que a Unisa não teve benefício financeiro com a decisão.

A Capes disse que a comissão responsáve­l pelo parecer final é escolhida com critérios definidos em portaria.

A Folha conversou com um dos parecerist­as, que negou ter recebido orientaçõe­s. O MEC e Casa Civil não respondera­m aos questionam­entos. A Unisa não se manifestou.

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