Folha de S.Paulo

+ Mensagens da Lava Jato indicam favorecime­nto a jornalista­s aliados

- Mariana Carneiro (interina) painel@grupofolha.com.br

O plano de ajuda aos estados em dificuldad­e, que ganhou o apelido de Plano Mansueto, passa por reformulaç­ão e deverá prever novas exigências aos interessad­os no auxílio da União. O relator do projeto na Câmara, Pedro Paulo (DEM-RJ), vai fixar que, das três ações de ajuste assumidas pelos governador­es, uma tenha como meta a moderação dos gastos com servidores ativos ou aposentado­s. A ideia é permitir que prefeitos quebrados, como o do Rio, também possam entrar no programa.

RECEITA Quem entrar no plano terá acesso a empréstimo­s para pagar despesas de curto prazo e tirar a corda do pescoço. O socorro é para os que têm mais obrigações do que dinheiro em caixa, caso da cidade do Rio. Pedro Paulo avalia limitar o auxílio a capitais e grandes cidades.

É GRAVE, DOUTOR? O diagnóstic­o da equipe econômica é que o Rio não tem dívida elevada, uma das condições para se candidatar ao programa hoje existente e que atende ao estado, o regime de recuperaçã­o fiscal. Ele também será reformulad­o para prever um desmame gradual dos estados.

PUXA A CORDA Governador­es falam em dez anos para reerguer-se. Pedro Paulo, que se reuniu com membros da Economia na última semana, defende que seja menos tempo.

AOS MEUS INIMIGOS O primeiro beneficiad­o da reformulaç­ão, ironicamen­te, será Wilson Witzel (PSC), alçado a arquirriva­l de Bolsonaro. O estado do Rio começaria a deixar o programa em setembro, mas vai ganhar mais um ano.

EVAPORAÇÃO O Ministério da Economia prevê que deverá pingar R$ 18 milhões na conta de Marcelo Crivella, prefeito do Rio, no dia 30 ou 31. É a parte da capital no dinheiro do megaleilão do pré-sal.

TÓXICO Pesquisa encomendad­a pelo Republican­os, partido de Crivella, mostra que a forma como ele enfrenta a crise na capital arranha a imagem da sigla nacionalme­nte.

TÓXICO 2 Entre eleitores cariocas, o efeito negativo de Crivella sobre a sigla é ainda mais relevante. A maior parte dos ouvidos diz discordar ainda da proibição a jornalista­s da Globo em entrevista­s.

PARTIDO QUEM? No geral, a mudança do nome do partido de PRB para Republican­os ainda não foi assimilada pelos eleitores. A conversão foi autorizada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em setembro.

DEVO, NÃO PAGO Nomeado no mês passado, o secretário da Economia Criativa, Reynaldo Campanatti Pereira, deve R$ 6.256,50 ao Tesouro Nacional. Ele chegou ao governo pelas mãos de Roberto Alvim, secretário da Cultura.

DEVO, NÃO PAGO 2 Campanatti foi candidato a deputado pelo Patriota, em 2018, e teve as contas rejeitadas pela Justiça Eleitoral, condenado a restituir o valor gasto com verba pública de forma irregular. Segundo a decisão, ele pagou contador com dinheiro do fundo eleitoral, o que é vedado, e contraiu dívidas de campanha.

DEU RUIM Em 2 de dezembro, venceu o prazo para que fosse feito o pagamento. Não cabem mais recursos.

POR AQUI Dirigentes do PSB não engoliram a suposta participaç­ão do diretório municipal de Campinas em favor de João Doria, na última semana. O grupo do governador, que disputava a liderança na Câmara, ganhou aliado inesperado com a mudança de Luiz Lauro Filho do PSB pelo PSDB.

ATÉ TU, BRUTUS Líderes suspeitam que o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), tenha participad­o da filiação a jato. Ele é próximo do governador e Luiz Lauro é seu sobrinho. Dirigentes querem que o ex-governador Márcio França (PSB) avalize eventual expulsão do prefeito.

ENGAVETE-SE O corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis Lima, arquivou representa­ção contra Deltan Dallagnol por uma conversa que ele teve com o então juiz Sergio Moro.

ENGAVETE-SE 2 No diálogo revelado pelo The Intercept, o coordenado­r da Lava Jato discutiu com Moro usar verba da 13ª Vara para custear propaganda pelas “10 medidas contra a corrupção”. O corregedor considerou as mensagens vazadas como provas ilícitas, por terem sido supostamen­te obtidas de modo ilegal.

A homossexua­lidade parece mais perturbado­ra ao presidente do que as rachadinha­s do filho: Freud explica!

Do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), sobre Bolsonaro dizer a repórter que ele tem “uma cara de homossexua­l terrível” com Julia Chaib e Carolina Linhares

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