A cosmologia na encruzilhada
Resultados conflitantes sugerem que pode haver algo errado com nosso modelo consagrado da evolução do Universo
O modelo
Sabemos que o Universo, tal qual conhecemos hoje, nasceu de uma súbita e brutal expansão do espaço-tempo conhecida como Big Bang, ocorrida cerca de 13,8 bilhões de anos atrás. O que hoje chamamos de Cosmos era então menor que a cabeça de um alfinete, e hoje é desse tamanho todo Desenvolvido ao longo de décadas, o modelo cosmológico padrão leva em conta um Universo com os seguintes ingredientes:
Matéria bariônica (átomos e partículas que compõem tudo que vemos)
Matéria escura fria (que exerce apenas efeitos gravitacionais) Energia escura como uma constante (que age acelerando a expansão do Universo) Com esse modelo e estimativas das quantidades de matéria e energia presentes no cosmos, é possível "simular" a evolução do Universo em computador, do Big Bang até hoje
A constante de Hubble
A taxa de expansão do Universo é a constante de Hubble, assim chamada porque foi Edwin Hubble o primeiro a demonstrar que o Cosmos de fato estava em expansão. Há vários métodos diferentes para medi-la, mas começa a surgir um incômodo desacordo:
O drama
Parece uma variação pequena, mas é grande demais para o atual nível de precisão da consmologia. É possível que exista algo de errado com o modelo padrão e talvez faltem ingredientes para explicar a discrepância
Medição pela radiação cósmica de fundo
"Eco" em micro-ondas deixado pelo Big Bang , medido com o satélite Planck
Medição de astros distantes
Envolvendo observações de quasares e supernovas