Força-tarefa diz que objetivo era divulgar informações corretas
A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba afirmou que suas comunicações com a imprensa desde o início das investigações tiveram como objetivo assegurar a divulgação de informações corretas e o esclarecimento de dúvidas dos jornalistas.
“Diversas vezes fatos foram deturpados e a força-tarefa sempre buscou esclarecê-los, assim como assegurar que a informação fosse transmitida de modo fidedigno, mediante notas e também por meio de contatos com jornalistas”, disse, por meio de nota.
“A grande maioria dos pedidos da imprensa, dos mais variados veículos, foi atendida dentro do prazo solicitado mediante notas, esclarecimentos verbais e entrevistas coletivas e individuais de procuradores”, afirmou.
“Cabe ao veículo ou ao jornalista optar por fazer por escrito eventual entrevista, já tendo sido recebidas questões escritas de diferentes veículos, inclusive de jornalista da Folha de S. Paulo”, acrescentou.
Os procuradores reiteraram que não reconhecem a autenticidade das mensagens vazadas, “que têm sido usadas, de modo descontextualizado ou deturpado, para fazer acusações que não correspondem à realidade”.
Informado sobre o conteúdo das mensagens, o ministro da Justiça, Sergio Moro, disse que elas não permitem afirmar que ele ou os procuradores da Lava Jato tenham privilegiado jornalistas no acesso aos processos da operação. Na sua opinião, a Folha fez uma “interpretação falsa” dos diálogos.
“Ainda que se tivesse escolhido divulgar a informação a um jornalista em detrimento de outro, não haveria qualquer ilícito ou irregularidade”, acrescentou o ministro. Ele reiterou que não reconhece a autenticidade das mensagens e disse que a Folha faz sensacionalismo ao divulgá-las.