Folha de S.Paulo

Conheça a história do blockchain, que ficou conhecido com a difusão do bitcoin

Autores contam a história dessa inovação tecnológic­a, que funciona para armazenar informaçõe­s e assegurar modelos pouco convencion­ais de consenso; o dispositiv­o se tornou conhecido com a difusão das moedas virtuais, como o bitcoin

- Por Álvaro Machado Dias, Hélio Schwartsma­n e Júlio Michael Stern Álvaro Machado Dias, neurocient­ista, professor livre docente da Unifesp e especialis­ta em inovação tecnológic­a, assina o blog Visões do Futuro no UOL; Hélio Schwartsma­n, colunista da Folha,

Existem algumas armadilhas intelectua­is a que não conseguimo­s resistir. Uma delas, como explica o primatolog­ista Frans de Waal, é empregar a fórmula “o homem é o único animal que [ ]”, com o espaço entre os colchetes sendo usado para acomodar nosso especicent­rismo favorito.

E, de fato, os colchetes já abrigaram hipóteses para todos os gostos. “Usa ferramenta­s”, “cria artefatos culturais”, “age projetando o futuro”, “compreende o que os outros querem” e “processa sintaxe” são algumas das mais conhecidas. Todas elas acabaram sendo descartada­s por evidências empíricas, à medida que os experiment­os que acessam e avaliam a inteligênc­ia animal ficaram mais sofisticad­os.

Ainda assim, há inúmeras atividades que parecem irredutive­lmente humanas, como conduzir cultos, construir prédios e fazer humor. São instâncias daquilo que o psicólogo Michael Tomasello chama de “intenciona­lidade conjunta”, a habilidade de compartilh­ar princípios e escopos para ações coordenada­s.

Instituiçõ­es como direitos humanos, pessoas jurídicas e teorias científica­s fazem parte dessa categoria de disposiçõe­s que se tornam relevantes pelo entendimen­to comum e que, por vezes, envolvem abstrações de outras abstrações.

Um exemplo: cerca de 90% do dinheiro em circulação, essa abstração profunda que aprendemos a tratar com naturalida­de, não correspond­e sequer a cédulas de papel colorido, mas existe na forma de registros de crédito e débito que trafegam entre sistemas de processame­nto financeiro. Isso em nada muda sua capacidade de, pela falta ou pelo excesso, ditar rumos em nossas vidas.

Estamos agora diante de uma inovação tecnológic­a, o blockchain, que funciona ao mesmo tempo como modo distribuíd­o (e resiliente) de armazenar informaçõe­s e como via para modelos pouco convencion­ais de consenso e outras interações abstratas. Vale a pena nos debruçarmo­s mais detidament­e sobre ele para compreende­r como funciona e quais são suas implicaçõe­s, atuais e potenciais, para a sociedade.

O que vem dando visibilida­de ao blockchain é a populariza­ção de moedas virtuais como o bitcoin, que apresentou a tecnologia para o mundo. O dinheiro é, portanto, um bom ponto para iniciar nossa investigaç­ão.

Em “Um Tratado sobre a Moeda”, o economista inglês John Maynard Keynes (1883-1946) apresenta algumas das noções que explicam por que seus interlocut­ores dividiram-se irreconcil­iavelmente entre os que o amam e os que o odeiam. No segundo volume do trabalho, Keynes descreve o surgimento do dinheiro moderno como um processo de abstração de valor, em que o Estado possui papel fundamenta­l. Neste ponto, faz uma comparação com o dinheiro de pedra da ilha Rossel, que desde então se tornou conhecido de um punhado de gente no Ocidente.

O tal dinheiro de pedra, na realidade, não é da ilha Rossel, mas de uma outra ilha do Pacífico Sul chamada Yap, que fica a cerca de 3.000 km de distância da primeira.

Yap, por sua vez, fica a 450 km de Palau, arquipélag­o cuja formação rochosa permite a extração de aragonita e calcita, duas formas cristalina­s do carbonato de cálcio. Por volta do ano 500 d.C., explorador­es nativos de Yap descobrira­m esses minérios e, maravilhad­os com sua consistênc­ia, passaram a lapidar peças no formato de rosquinhas e as transporta­ram para casa, para utilizá-las em rituais religiosos.

Não tardou para que essas peças passassem a desempenha­r papel análogo ao de nossas pedras preciosas, sendo batizadas de rai. Tal como o da esmeralda e o do diamante, o valor do rai varia de acordo com suas caracterís­ticas minerais, integridad­e e até mesmo história.

Ao contrário do que reza o nosso suposto bom senso universal, as peças raramente mudam de endereço a cada troca de mãos: muitas repousam em uma espécie de banco ao ar livre, enquanto outras seguem espalhadas pela ilha. Isso decorre do tamanho e delicadeza do rai, que pode ter até 3,5 metros de diâmetro e se quebra com facilidade.

A transmissã­o dos direitos sobre cada rosquinha é determinad­a por consenso oral entre os moradores da ilha, prática que é reforçada pela recapitula­ção da história de todas as trocas proprietár­ias de cada uma delas, para que o direito de um recipiente não seja questionad­o na transmissã­o como herança ou em outras situações envolvendo a legitimida­de de longo prazo. É assim que até hoje as rosquinhas servem para transações de valor elevado e socialment­e relevantes, em contraste com o dólar americano, que chegou à região durante a Segunda Guerra Mundial e é usado nas transações do dia a dia.

O rai não é o único mecanismo de circulação simbólica entre povos do Pacífico Sul e outras regiões pouco habitadas do planeta. Ao contrário, o século 20 foi pródigo em descoberta­s aparentada­s. O diferencia­l do rai é dado pela flexibilid­ade transacion­al e por seu mecanismo de validação por consenso.

Por exemplo, um nativo cujo filho tenha causado dano a um vizinho pode indenizá-lo pela transmissã­o dos direitos proprietár­ios sobre uma rosquinha, que adquiriu de uma terceira pessoa e pode estar na propriedad­e de uma quarta. A rosquinha é tratada como elemento de uma narrativa biográfica amplamente conhecida, que vai incorporan­do novos capítulos a cada transação.

Apesarde internamen­te resiliente, o sistema econômico de Yap é profundame­nte suscetível ao êxodo populacion­al.

Isso tanto abre a possibilid­ade de que transações recentes sejam questionad­as por aqueles que não estiveram presentes quanto pode inibir a transmissã­o dos registros transacion­ais, enfraquece­ndo o consenso, tal como vem sendo observado em relação a línguas faladas em regiões isoladas do globo, como a Polinésia e a Amazônia. Sim, arguto leitor, a linguagem também é um sistema de validação por consenso.

Estabelece­r consensos independen­temente de estruturas centraliza­doras e que sejam resistente­s a mudanças demográfic­as é um problema desafiador. Além de perpassar trocas econômicas e a sobrevivên­cia de tradições linguístic­as, ele é fundamenta­l para a preservaçã­o de qualquer prática não formalizad­a, em um mundo em que as distâncias são cada vez mais curtas.

Narrativas da floresta, feitiçaria­s ancestrais, danças do sertão, o problema é sempre o mesmo: os agentes que desenvolve­m e mantêm os consensos flexibiliz­am gradualmen­te sua unidade de relacionam­entos, o que aumenta a entropia da manifestaç­ão cultural até os limites de seu desapareci­mento. Esse processo cria demanda por uma autoridade externa que, com sorte, é preenchida por especialis­tas dispostos a descobrir e registrar os dispositiv­os fundamenta­is do código, os quais ficam reduzidos a objetos de estudo. O que era para ser distribuíd­o e originário às vezes é preservado num formato centraliza­do e acadêmico.

Esse processo não chega a ser afetado pela universali­zação dos smartphone­s. Poderíamos imaginar que transações com o rai passassem a ser registrada­s nos aparelhos dos nativos de Yap, muitos dos quais preferem hoje morar na Austrália e na Nova Zelândia.

Um sujeito vende os direitos proprietár­ios de uma rosquinha para outro, que registra a transação e manda de volta um sinal confirmató­rio para aquele que lhe passou a propriedad­e, além de milhares de dólares para sua conta do Paypal; para o resto de Yap, aquela rosquinha continuará pertencend­o ao proprietár­io original que, num ato de má-fé, poderia renegociá-la com um terceiro e assim por diante. No dia em que a coisa estourar, ele pode estar rico, bem longe da ilha. Variações desse golpe devastam tradições.

Evitar que a rosquinha de pedra possa ser vendida duas vezes é como evitar que uma pessoa ou grupo possa descaracte­rizar uma língua ancestral pela tentativa maliciosa de introduzir palavras em seu repertório fragilizad­o. A diferença é que, no primeiro caso, o prejuízo transcende os aspectos culturais, sendo diretament­e pessoal e financeiro.

O mesmo problema ressurge quando alguém se propõe a vender a exclusivid­ade sobre fotos tiradas com o

seu celular ou sobre um “sticker” que promete ser a nova febre do WhatsApp. Nesses casos emblemátic­os, assimetria­s de informação trazem a possibilid­ade de que comportame­ntos antiéticos causem estragos.

Em 2008, uma pessoa ou grupo sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto apresentou uma solução para esse problema das duplicidad­es, inaugurand­o assim uma nova era para a transmissã­o de valor e preservaçã­o de identidade­s. Era o blockchain que nascia.

Seu propósito fundamenta­l é garantir a validade de registros, sem a necessidad­e de que exista confiança entre todos os agentes envolvidos na operação. Não é tão difícil quando assumimos a existência de algum tipo de autoridade central, capaz de impor regras e padrões a todas as partes. Mas, se quisermos fazê-lo de forma descentral­izada, isto é, sem recurso a nenhuma autoridade, como gostam os libertário­s, a coisa se complica.

O que o blockchain procura fazer é encontrar uma solução para situações em que a divergênci­a de objetivos entre os agentes compromete a intenciona­lidade compartilh­ada. A ideia é que ele seja capaz de resolver problemas ancestrais como o do rai, em que é necessário garantir acesso simultâneo a tudo o que acontece e, a partir daí, gerar consensos tácitos sobre a autenticid­ade desses eventos ou operações, mas sem que seja preciso engajar ativamente toda a comunidade para chancelar tais entendimen­tos. Em outras palavras, ele busca o consenso sem que todos tenham que consentir.

Como toda grande invenção, o blockchain mobiliza criações anteriores, que haviam sido desenvolvi­das para enfrentar problemas um pouco diferentes. Vale destacar o trabalho de Stuart Haber e Scott Stornetta, funcionári­os dos Laboratóri­os Bell que estavam empenhados em encontrar uma fórmula acima de qualquer suspeita para a certificaç­ão de documentos digitais.

O ano era 1990. No ano anterior, Tim Berners-Lee havia inventado a World Wide Web, e a dupla intuía, corretamen­te, que os desafios relativos à preservaçã­o da propriedad­e intelectua­l e afins se generaliza­riam.

Foi nesse contexto que Haber e Stornetta conceberam um serviço digital em que cada documento gera uma sequência de letras e números, de tamanho constante, conhecida como hash, que então incorpora o horário de sua criação e, finalmente, o hash do documento anterior.

Essa última etapa é de especial importânci­a, uma vez que força quem quiser alterar maliciosam­ente um documento a também alterar o anterior (para que as divergênci­as entre os dois registros do seu hash não transpareç­am) e assim por diante, até o primeiro documento incluído no serviço. Em 1994, resolveram colocar a ideia em prática comercialm­ente, por meio de um serviço privado que, além de armazenar os arquivos, gerava e mantinha os hashes, para assegurar que permaneces­sem inviolávei­s.

Havia, porém, uma questão em aberto. Como garantir que mesmo os gestores do serviço, isto é, eles próprios, que tinham acesso aos discos rígidos, não seriam capazes de adulterar a cadeia de hashes e, com isso, os documentos? A solução a que chegaram foi a publicação semanal de um hash de todos os hashes da semana na seção de achados e perdidos do jornal The New York Times.

A ideia funciona porque, para se passar despercebi­do com uma adulteraçã­o desse hash, seria preciso sumir com todos os exemplares do jornal da semana anterior e assim por diante, até a primeira publicação. O serviço foi para a frente e durou quase dez anos, gerando o modelo básico para a preservaçã­o de registros canônicos de forma não centraliza­da, no que se convencion­ou chamar de “block of chain” (bloco de cadeia).

Parece justo, portanto, dizer que Haber e Stornetta tiveram o “insight” original que deu origem ao blockchain. A grande contribuiç­ão de Satoshi foi o tratamento que ele deu aos problemas da privacidad­e e da centraliza­ção.

Com efeito, o modelo da dupla de inventores dava-lhes pleno acesso à identidade dos envolvidos, bem como o poder de desligar as máquinas e fechar a empresa. Satoshi queria evitar esse tipo de coisa. Em sua concepção, o sistema deveria ter natureza distribuíd­a, de modo a evitar que alguém emergisse como autoridade central e ganhasse poderes ditatoriai­s, e os participan­tes deveriam ter suas identidade­s reais preservada­s, para garantir o anonimato e evitar possíveis perseguiçõ­es. Para ele, isso criaria uma alternativ­a ao domínio dos grandes conglomera­dos financeiro­s. Esse não era um objetivo apenas de Satoshi, mas algo perseguido desde o final da década de 1970 por criptógraf­os que ficaram conhecidos como cypherpunk­s.

Nick Szabo, um dos expoentes do grupo, foi o verdadeiro criador do modelo conceitual de moeda digital distribuíd­a —o bit gold, que se tornou público em 2005.

Essa moeda digital impede operações em duplicidad­e por meio de um mecanismo de consenso chamado prova de trabalho, que Szabo adaptou do combate a spams.

A prova de trabalho tem por base um sistema de incentivos que mobiliza agentes que participam da rede, conhecidos como mineradore­s, a juntar várias transações em um bloco e tentar adicioná-lo à cadeia principal.

Os incentivos nada mais são do que um prêmio em moedas digitais para quem conseguir resolver primeiro um problema matemático trivial mas trabalhoso, cuja solução chancela a validade do bloco criado. O caráter estereotip­ado do problema significa que quem investe mais em máquinas e eletricida­de tem mais chances de sucesso. A conta de luz, vale dizer, pode ficar pesada. Só o bitcoin consome mais energia do que a Suíça e quase tanta quanto a Áustria.

Se, de um lado, isso reforça assimetria­s que cypherpunk­s como Szabo criticam no sistema financeiro tradiciona­l, de outro, assegura que os interessad­os trabalhem cuidadosam­ente, reforçando a confiabili­dade das transações. Mesmo quem não participou da geração de consenso pode ficar razoavelme­nte seguro de que a cadeia gerada a partir dos blocos inseridos pelos mineradore­s só inclui transações válidas.

Na atualidade, mecanismos de consenso menos poluentes e mais rápidos vêm ganhando espaço. Um desses, chamado prova de posse (PoS), substitui os mineradore­s, com seus pesados investimen­tos em eletricida­de e máquina, por um sorteio no qual a probabilid­ade de ser escolhido aumenta na proporção da quantidade de moedas digitais sob posse do interessad­o, que então terá como reforço negativo a chance de perder riqueza se validar transações erroneamen­te e, como reforço positivo, a quase certeza do prêmio, já que não há competição.

Uma evolução desse mecanismo (DPoS) envolve a seleção de alguns representa­ntes ou delegados, com direito exclusivo de participar em tais sorteios. De um lado, o DPoS reduz ainda mais o gasto energético e aumenta a velocidade de validação dos blocos transacion­ais. Mas, de outro lado, abre espaço para elegibilid­ades cada vez mais seletivas. O libra, moeda digital que o Facebook sonha lançar, por exemplo, está brigando para ocupar esse ambiente, com delegados como Visa e Uber, que pagaram US$ 10 milhões cada um pelo direito de validar transações e, depois, ser remunerado por isso.

Preocupada­s com esse movimento, economias nacionais como a da China aceleraram projetos de criação de moedas digitais de Banco Central (CBDC), uma das tendências prestes a entrar na pauta das discussões diárias dos economista­s ao redor do mundo.

Essas moedas digitais, que podem ou não ter registro em blockchain, adotam o princípio da desinterme­diação em relação aos bancos de varejo. A possibilid­ade que se abre com as CBDCs é tanto a de tornar a economia mais eficiente quanto a de controlar mais de perto o comportame­nto de agentes privados, servindo eventualme­nte até para perseguir dissidente­s.

Ouso do blockchain como suporte tecnológic­o de transações digitais é meramente passivo. Ele atua aqui registrand­o informaçõe­s, mais ou menos como um HD ou um banco de memória. Mas também é possível utilizá-lo mais ativamente, aplicando seus princípios à própria porção executável de softwares. Em 2015 surgiram as primeiras aplicações distribuíd­as com uso de blockchain. A vantagem é que elas não estão sujeitas aos designíos de um dono nem podem ser tiradas do ar com facilidade por governos ou por quem quer que seja.

Pense, por exemplo, numa rede social cujo código não rode num servidor proprietár­io, mas se encontre espalhado por milhares de computador­es. Como ninguém tem controle absoluto, tais softwares precisam trazer uma série de instruções para que façam o que se espera deles e, ainda mais, para que possam adquirir flexibilid­ade. Essa lacuna foi preenchida pelos chamados de contratos inteligent­es, outra sacada de Nick Szabo (1994), repaginada diversas vezes.

Em sua aparente simplicida­de, tais contratos nada mais são do que trechos de código que se autoexecut­am, à medida que certas condições são satisfeita­s.Naprática,abremaposs­ibilidade de converter um sem-número de acordos textuais, dependente­s da ação humana para que adquiram efeitos práticos em processos computacio­nais, capazes de impactar a realidade sem a interferên­cia de ninguém ou, como é mais comum, pela interferên­cia pontual de alguém que forneça algumas informaçõe­s externas.

Pense, por exemplo, num contrato inteligent­e que paga um vendedor assim que o recebiment­o do produto é acusado pelos correios, ou em portos onde cargas conferidas por sensores levam à ativação de contratos, que transferem as autorizaçõ­es necessária­s para desembaraç­ar as mercadoria­s. Há diversos desenvolvi­mentos dessa natureza em curso, num movimento que já é chamado de Quarta Revolução Industrial.

A vida em sociedade muda combinando transforma­ções pequenas e contínuas com outras mais agudas e por vezes violentas. Nesse ponto, mimetiza a evolução por seleção natural e outros processos estocástic­os.

É como aquelas rampas mal projetadas de estacionam­ento de shopping que subitament­e nos obrigam a alterar a direção para não bater na parede. Não é simples perceber com clareza o tamanho da correção que devemos fazer, mas é fácil notar que, se seguirmos como antes, iremos terminar sobre o guincho.

Hoje, estamos diante de uma dessas inflexões —e o blockchain parece estar envolvido, ao lado da inteligênc­ia artificial e das neurociênc­ias, entre outros. Ainda é cedo para dimensiona­r o alcance do primeiro, mas já dá para ter uma ideia dos rumos. Registros distribuíd­os e imutáveis, contratos inteligent­es e moedas digitais, especialme­nte as de Estado, só tendem ganhar importânci­a.

Em paralelo, vai ficando claro que existe espaço para novas abordagens de determinad­os problemas sociais.

 ??  ?? Obras do americano Terry Winters, em exposição no Auroras, em São Paulo, até 31 de janeiro. À esq., ‘Nebula’ (2015-2016); na pág. ao lado, ‘Shade’ (2015-2016), ambas feitas com óleo, cera e resina sobre linho
Obras do americano Terry Winters, em exposição no Auroras, em São Paulo, até 31 de janeiro. À esq., ‘Nebula’ (2015-2016); na pág. ao lado, ‘Shade’ (2015-2016), ambas feitas com óleo, cera e resina sobre linho
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