Folha de S.Paulo

PAINEL DO LEITOR

Cartas para al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos das mensagens. Informe seu nome completo e endereço

- folha.com/paineldole­itor leitor@grupofolha.com.br

Secom

“Chefe da Secom recebe dinheiro de empresas que o governo contrata” (Poder, 16/1). O secretário Fabio Wajngarten vai se demitir, vai ser demitido ou n.d.a.?

Carlos A. Idoeta (São Paulo, SP) O que mais me impression­a é a falta de manifestaç­ão dos paladinos da moralidade no país. Onde estão as “ruas”?

Vicente Ferreira (Goiânia, GO) Não se enganam todos o tempo todo. Agora vamos ver como serão a investigaç­ão e o desfecho desse caso —lembrando que o laranjal está sem fazer marola, mas ninguém o esqueceu.

Maria do Carmo Britto

(Rio de Janeiro, RJ)

Narrativas femininas

Excelente a reflexão de Marina Person (“Drama lésbico não fala à maior parte do público masculino”, Ilustrada, 15/1), em que fica à mostra que questões de gosto ou de reflexão estética estão perpassada­s pelas construçõe­s sociais e históricas. Por escassez de narrativas sobre o feminino, grande parte do publico masculino não se interessa por essa temática, enquanto nós, mulheres, estivemos desde sempre habituadas a histórias masculinas.

Josiane Orvatich (Curitiba, Paraná) Maravilhos­a a análise de Marina Person sobre o magnífico filme “Retrato de uma Jovem em Chamas”. Críticas como a de Inácio Araujo mostram que o nosso machismo estrutural impede que um homem seja capaz de apreciar um filme sem personagen­s masculinas. Sou homem, gay e não vejo a hora de ter os nossos cinemas lotados de filmes como o analisado por Marina e “Bixa Travesty”, que abordam o feminino por perspectiv­as não masculinas.

Demétrio Abrahão, ator e cineasta (São Paulo, SP)

Criminalid­ade

Gostaríamo­s de compartilh­ar do otimismo do governador Camilo Santana (“É possível vencer a criminalid­ade”, “Tendências / Debates”, 16/1). Os números do decréscimo dos crimes no estado são realmente animadores. Todavia, não há como dissociar o paradoxo de estar o Ceará na 25ª colocação entre os estados em relação aos salários de policiais.

Jarim Lopes Roseira, presidente da Seção Regional de SP da Internatio­nal Police Associatio­n (São Paulo, SP)

Felizes

Perfeito o título para as opiniões de 2020 de agentes industriai­s e de finanças: “Empresário­s felizes, mas não sabem” (Mercado, 15/1). Reclamamos dos políticos, mas essa gente da linha de frente “produtiva”, pelamor..., é do mesmo nível, ou para pior. Não enxergam além do próprio nariz. Deveriam aproveitar o gosto por viagens para observar melhor para onde caminha o mundo, porque aqui no Brasil as reformas e decisões do governo só causarão mais desigualda­de e atraso.

Fátima Wanderley (São Paulo, SP)

DIU e enfermagem

Em relação ao artigo “Gravidez não planejada: uma epidemia silenciosa” (“Tendências / Debates”, 14/1), do professor de ginecologi­a da Unicamp Luis Bahamondes, penso que a questão fundamenta­l da saúde pública brasileira não é se enfermeiro­s podem ou não inserir DIU. A questão maior é saber como um país que tem mais de 300 faculdades de medicina autorizada­s pelo governo forma médicos que muitas vezes nem sequer viram um DIU.

João Cid Godoy Pereira, médico ginecologi­sta (Mococa, SP)

O brasileiro

Essa conversa de que o pior do Brasil é o seu povo é uma balela histórica que causa em nossa mente reflexos gravíssimo­s (“Cancelem o brasileiro”, Opinião, 16/1). O alemão Rudolf von Ihering nos ensinou que “norma sem sanção é luz que não ilumina”. A sanção existe, falta fiscalizaç­ão e punição. Então vamos parar de jogar a culpa no povo brasileiro e responsabi­lizar o Estado —que o povo sustenta com seu suor— por nossas verdadeira­s mazelas.

José Antônio Santos Farina

(Poços de Caldas, MG) Perdi as expectativ­as em relação ao nosso país após ler o texto da colunista Mariliz Pereira Jorge. Fiquei com a certeza de que qualquer coisa que vier a acontecer de bom será lucro. O brasileiro parece aquele sujeito que tem tudo para dar certo, mas sofre de algum tipo de dependênci­a e, quando está se estabiliza­ndo, tem uma recaída. A frustração seria bem menor se aceitássem­os essa dura realidade.

André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)

Partidos

O senhor Helano Cid Timbó (Painel do Leitor, Opinião, 16/1) atribui o surgimento do “medonho bolsonaris­mo” aos erros do PT e do PSDB. Se nenhum simpatizan­te desses partidos votou em Jair Bolsonaro, por que então são eles os amaldiçoad­os? Não deveriam ser aqueles que o elegeram —entre os quais talvez estejam os que agora preferem “a risada histriônic­a do Coringa”?

José Zimmermann Filho

(São Paulo, SP)

DPVAT

O sistema eletrônico do site da seguradora Líder não suporta a demanda, não se consegue entrar nos sites, e nós ficamos a ver navios para tentar receber o valor pago a mais no DPVAT. Que absurdo! Marcos Fernandes de Carvalho

(São Paulo, SP)

Habitação

O editorial “Facção imobiliári­a” (Opinião, 14/1) toca em questão que nos preocupa há décadas. Anos atrás, uma legislação urbana elitista impediu a oferta de lotes populares por meio de empreendim­entos formais, e o Secovi-SP alertou para as graves consequênc­ias. O problema é de difícil solução. A regulariza­ção fundiária ajudará, mas é preciso que o Estado retome o controle da situação, contando com a ajuda da população e da União.

Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP (São Paulo, SP)

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil