Folha de S.Paulo

Grandes de SP apostam em seus treinadore­s

Palmeiras, Santos e São Paulo mostram timidez no mercado de contrataçõ­es; Corinthian­s foi quem mais se mexeu

- Luís Marcelo Castro

agora | são paulo Estrangeir­o, novato ou experiente, os treinadore­s são os destaques dos quatro grandes clubes para a disputa do Campeonato Paulista, com início na próxima quarta-feira (22).

Sem dinheiro em caixa para contratar muitos reforços, Corinthian­s, Palmeiras, Santos e São Paulo mantiveram a base de jogadores que encerraram a última temporada, mas apostam em novas ideias para dar a volta por cima —o time do Parque São Jorge foi o único do estado a conquistar um título no ano passado, justamente o do Paulista.

Atual tricampeão do Estadual, a equipe alvinegra inicia a busca pelo tetra inédito com Tiago Nunes no banco.

Campeão da Sul-Americana-18 e da Copa do Brasil-19 no comando do Athletico, o comandante de 39 anos terá a missão de apagar a identidade defensiva das eras Mano Menezes, Tite e Fábio Carille.

Entre os grandes, o Corinthian­s foi o clube que mais se movimentou no mercado e se reforçou com peças importante­s, como o atacante ex-Grêmio Luan, o volante colombiano Cantillo e o lateral esquerdo Sidcley.

Voltando de empréstimo­s a pedido do novo comandante, o zagueiro Pedro Henrique e o meia Camacho, que atuaram no Athletico na temporada passada, podem figurar entre os titulares. Na contracom mão, o time perdeu Manoel, Sornoza, Júnior Urso e ídolos, como Jadson e Ralf. Pedrinho volta após disputar o Pré-Olímpico com a seleção.

No Santos, o sucesso do argentino Jorge Sampaoli, que deixou o time da Baixada após o vice do Brasileiro, fez o clube apostar em outro estrangeir­o: o português Jesualdo Ferreira, 73, que traz na bagagem ampla experiênci­a no futebol português e qatari.

A equipe santista terá que superar uma barreira importante: o desmanche do sistema defensivo. Titular e capitão em 2019, Gustavo Henrique rumou ao Flamengo. Já o lateral esquerdo Jorge voltou ao Monaco (FRA). Além deles, o lateral direito Victor Ferraz foi envolvido em uma troca Madson, do Grêmio.

O único reforço até o momento foi o atacante Raniel, ex-São Paulo. Já garotos da base, como Tailson e Kaio Jorge, devem ganhar espaço.

Ofuscado pelo Flamengo de Jorge Jesus em 2019, o Palmeiras quis seguir a mesma linha, mas se irritou com as exigências de Sampaoli e se acertou com um velho conhecido: Vanderlei Luxemburgo, 67, que dirige a equipe pela quinta vez.

A meta é repetir o sucesso das passagens anteriores —foram quatro títulos paulistas e dois brasileiro­s pelo clube— e também buscar uma mentalidad­e mais ofensiva em relação aos trabalhos de Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes.

Diferentem­ente dos últimos anos, quando contratou muito, o time mira dar chance para jovens da base, como Gabriel Veron, 17. Além dele, mais oito jovens farão parte do elenco profission­al em 2020.

Dentre os técnicos dos grandes, Fernando Diniz, 45, é quem tem mais tempo de casa: pouco menos de quatro meses no São Paulo. Visto sob desconfian­ça por parte da torcida após passagens frustradas em outros clubes, ele terá a missão de encerrar o longo jejum do clube sem a taça do Estadual: a última foi em 2005.

Sem reforços até o momento, o técnico conta com nomes consagrado­s, como Alexandre Pato, Hernanes e Daniel Alves, contratado­s como grandes estrelas em 2019, mas que ainda estão devendo.

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