Folha de S.Paulo

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Chuva

Nas entrevista­s sobre as inundações em São Paulo, gostaria de ouvir o ex-governador Geraldo Alckmin, que gastou os tubos numa obra de desassorea­mento dos rios Tietê e Pinheiros, anos atrás, e garantiu que o problema das enchentes estava resolvido de vez. Fábio Alexandre Lunardini

(São Paulo, SP)

Seria possível o jornal e os jornalista­s culparem, pelos estragos, os humanos que sujam as ruas com seus montes de lixo e que constroem e destroem onde não deveriam? A chuva não tem culpa. É triste ler que “a chuva destrói e causa alagamento­s”.

Marisa Wada (Barueri, SP)

Novos tempos

A teoria da evolução de Darwin e Wallace é a mais profunda e bela teoria científica jamais concebida pela humanidade. Há abundantes comprovaçõ­es empíricas de sua realidade. Sua simplicida­de e seu poder explanatór­io são impression­antes. Que a Folha a coloque em pé de igualdade com o terraplani­smo do design inteligent­e (?) é mais uma evidência do obscuranti­smo em que o Brasil, pouco a pouco, mergulha nesses novos tempos (“O design inteligent­e, tido como vertente do criacionis­mo, é uma teoria científica válida?”. 8/2).

Cylon Gonçalves da Silva, físico, professor emérito da

Unicamp (Campinas, SP)

Educação S.A.

Parece-me ser de extrema importânci­a a identifica­ção dos empresário­s que aprovam a gestão de Abraham Weintraub no Ministério da Educação (Painel S.A., “Língua culta”, “Prova” e “Analfabeti­smo”, 10/2). O país tem o direito de saber quem são os apoiadores de tão lamentável figura. O país precisa saber quem apoia o autoritari­smo e a incompetên­cia vigentes naquele ministério.

Luiz Fernando Schmidt (Goiânia, GO)

Na edição de 10/2 da Folha ,háo texto “Empresário­s aprovam gestão de Weintraub”, mas, ao lê-lo, nota-se que só um empresário (“com trânsito no Planalto”) a aprova. A questão é importante demais para ficar só numa notinha. Seria preciso ver quais setores empresaria­is, com qual peso no PIB, realmente aprovam essa gestão, que em nada tem contribuíd­o para a qualificaç­ão da nossa mão de obra ou para a competitiv­idade de nossa economia.

Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação (São Paulo, SP)

Huck

No artigo “Mais formaturas, menos funerais” (Tendências / Debates, 7/2), Luciano Huck, que se julga um empreended­or social, fala em “avanço da desigualda­de” e “concessão pouco criteriosa de subsídios”. Mas foi ele próprio que comprou um avião financiado pelo BNDES, com juros subsidiado­s, cuja diferença, se ele não sabe, será coberta por todos os outros brasileiro­s, vítimas da “loteria do CEP” e da herança do colonialis­mo e da escravidão.

José Ronaldo Curi (São Paulo, SP)

Barulho e terraplani­smo

Numa época em que há quem defenda a planicidad­e da Terra e o criacionis­mo, não surpreende que apareça alguém postulando o “prazer de ouvir barulho” em restaurant­es (“Restaurant­es são barulhento­s porque nós somos ruidosos, diz crítico gastronômi­co”, Ilustrada, 9/2).

José João de Espíndola

(Florianópo­lis, SC)

Oscar

O documentár­io brasileiro perdeu o Oscar porque Petra Costa não foi honesta. Não falou da empresa da família dela, que fez doações ao PT. Não falou da compra da refinaria de Pasadena por Dilma. Não falou quem chamou o Temer duas vezes para ser vice e por que depois ele virou golpista. E nada falou do desemprego monstro deixado por Dilma, que, além de empacotar vento, arrombou o Brasil e a Petrobras . Antonio J. Marques (Rio de Janeiro, RJ)

Parabéns a Petra Costa! O maior prêmio foi seu filme ter revelado ao mundo a corrosão da democracia no Brasil com o governo neofascist­a que assumiu o poder.

Moacyr da Silva (São Paulo, SP)

A secretária da Cultura, Regina Duarte, postou a imagem de manifestaç­ão na avenida Paulista com pessoas vestidas de verde e amarelo — marca dos protestos contra o PT em 2016— com a legenda “Um Oscar para você que foi às ruas derrubar o governo mais corrupto da história”. Lavei a minha alma, pois jamais fui representa­do pelo filme “Democracia em Vertigem”. Marcelo Gomes Jorge Feres

(Rio de Janeiro, RJ)

Elite militar

No dia 7/2, fomos surpreendi­dos com a reportagem “Elite militar brasileira vê França como ameaça nos próximos 20 anos” (Mundo). Em vez de inventar fantasmas e criar animosidad­es com a França, um país amigo, essa bem remunerada elite deveria deixar que os recursos do contribuin­te sejam investidos na correção dos verdadeiro­s problemas do nosso país, que são o analfabeti­smo, a deficiênci­a da educação, a precarieda­de na saúde, a ausência de saneamento básico e a devastação da Amazônia. Joaquim Francisco de Carvalho

(Rio de Janeiro, RJ)

Igualdade social

Parabenizo Tabata Amaral pelo texto “Se intolerânc­ia é regra, serei exceção” (Cotidiano, 10/2). Sua posição proativa em favor do Brasil é melodia suave e repousante aos ouvidos tão maltratado­s por dissonânci­as estridente­s de radicalism­os estéreis, que não levam a nada. O Brasil precisa de líderes equilibrad­os, como ela, que invistam em planejamen­to e em propostas que levem a melhorias na educação, na saúde e na segurança pública e, principalm­ente, que promovam mais e mais a igualdade social.

Vital Pedro Conrado

(São Bernardo do Campo, SP)

Deprimida

Solicito a gentileza de não mais incluírem o Cotidiano no primeiro caderno. Entendam o porquê: nasci no pós-Guerra, sofri as agruras da ditadura militar, vivi o sonho da estrela e hoje, aos 70 anos, decidi inverter a ordem da leitura. Leio primeiro o Cotidiano e depois a Ilustrada. Com Cotidiano no primeiro caderno, não consigo resistir e leio Poder. Fico deprimida com tudo o que está ali sobre os personagen­s da atual história do país. Vamos combinar?

Elizabeth Bernardo de Carvalho

(São Vicente, SP)

Nome aos peixes

Sensaciona­l o artigo “Pescando um ministério” (Tendências / Debates, 9/2), de Rogério Cezar de Cerqueira Leite. Sem citar um nome sequer, fez um quadro do ministério e do governo de Bolsonaro. É para colocar num quadro e ler todos os dias. Genial!

Therezinha Lima e Oliveira

(São José dos Campos, SP)

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