Folha de S.Paulo

Governo planeja vender R$ 3 bi em imóveis neste ano, após meta frustrada em 2019

- Fábio Pupo Com a Reuters

brasília O governo planeja vender R$ 3 bilhões em imóveis da União em 2020. A meta era alcançar R$ 1 bilhão em 2019, mas as alienações ficaram em R$ 180 milhões ao fim de dezembro.

Dentre os 465 imóveis a serem colocados à disposição de compradore­s desta vez, estão 60 apartament­os funcionais em Brasília. Também está na lista o edifício A Noite, no centro do Rio de Janeiro.

Fernando Bispo, secretário de coordenaçã­o e governança do patrimônio da União do Ministério da Economia, afirmou que até o momento o governo vendeu R$ 18 milhões em imóveis em 2020.

“A gente optou por fazer [principalm­ente] depois do

Carnaval, por imaginar que o mercado imobiliári­o não estaria aquecido no início do ano.”

A venda dos imóveis está sob o guarda-chuva do secretário especial Salim Mattar, de Desestatiz­ação, Desinvesti­mento e Mercados. A pasta também é responsáve­l pelo processo de privatizaç­ão.

Segundo Bispo, o principal entrave para alcançar a meta está ligado ao correto registro dos imóveis. Em 2019, disse, esse problema dificultou os planos do governo para a área.

A expectativ­a dele é que uma MP (medida provisória) enviada ao Congresso no fim de dezembro agilize o processo. As vendas devem contar com participaç­ão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvi­mento Econômico e Social) em parte da carteira.

De acordo com o Ministério da Economia, há potencial para levantar R$ 36 bilhões até o fim de 2022 com a venda de imóveis da União.

Bispo afirma que os recursos levantados vão para o Tesouro Nacional e geram resultado primário (que não considera pagamento de dívidas).

Em decreto publicado nesta segunda-feira, o governo também regulament­ou lei de 2017 sobre a regulariza­ção fundiária em áreas urbanas da União.

A medida abriu a porta para que interessad­os na regulariza­ção possam procurar o governo para ir adiante com o processo mediante o pagamento por essas áreas. Antes, cabia apenas à União a iniciativa, por exemplo, de regulariza­r um condomínio.

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