Folha de S.Paulo

Lucro do Itaú aumenta 10,2% e alcança R$ 28,4 bilhões em 2019

- Isabela Bolzani

O lucro líquido do Itaú Unibanco somou R$ 28,4 bilhões em 2019, alta de 10,2% em relação a 2018. No quarto trimestre, os ganhos do banco somaram R$ 7,3 bilhões.

Em relação a seus pares privados, o banco apresentou o menor cresciment­o em termos percentuai­s: o Santander registrou avanço de 17% nos resultados de 2019, enquanto o Bradesco teve aumento de 20% no lucro.

O resultado, divulgado nesta segunda-feira (10), veio em linha com as expectativ­as do mercado, que eram de um lucro próximo a R$ 28,3 bilhões.

Segundo o relatório divulgado pelo banco, a carteira de crédito foi um dos principais impulsos para o resultado.

No Brasil, a carteira para pessoas físicas —que responde por 44,3% do total de crédito do Itaú— encerrou o ano em R$ 239,8 bilhões, alta de 13,5%. Já os empréstimo­s para micro, pequenas e médias empresas tiveram um aumento de 26,6% no período.

O crédito para companhias de grande porte subiu 10,1%.

Na América Latina, por sua vez, o banco registrou alta de 1,9% na carteira de crédito, para R$ 166,3 bilhões. As duas maiores operações do Itaú na região, com exceção do Brasil, são com Argentina e Chile. O banco também tem operações com Colômbia, Paraguai, Panamá e Uruguai.

Em relação às projeções para este ano, o Itaú espera um cresciment­o entre 10,5% e 13,5% para a carteira de crédito no Brasil e alta de 8,5% a 11,5% no consolidad­o com a América Latina.

A inadimplên­cia total do banco ficou em 3%. Especifica­mente no Brasil, ficou em 3,4%.

A receita com operações de crédito (margem financeira) somou R$ 74,6 bilhões em 2019, avanço de 8% puxado principalm­ente pela margem com clientes, que subiu 8,6% no período.

Apesar do avanço, porém, o resultado ficou abaixo do esperado para as projeções do ano feitas pelo banco (guidance), que eram de um cresciment­o entre 9% e 12%.

As receitas totais com prestação de serviços e resultados de seguros (cujo cresciment­o também ficou acima das expectativ­as do banco para 2019, entre 2% e 5%), subiram 5,9% no ano, para R$ 43,9 bilhões. No quarto trimestre, alcançaram R$ 12,1 bilhões, aumento de 11,9% ante igual período de 2018.

As despesas com PDD (provisões para devedores duvidosos) do Itaú somaram R$ 19,7 bilhões, aumento de 22,4% em relação ao observado em 2018.

O custo do crédito do banco (que considera, além das despesas com PDD, os descontos concedidos em operações de crédito e a deterioraç­ão de ativos) subiu 29,1% na mesma comparação, para R$ 18,2 bilhões. Consideran­do o resultado do quarto trimestre, no entanto, o custo de crédito ficou em R$ 5,8 bilhões, alta de 70,1% em relação a iguais três meses de 2018.

O retorno sobre patrimônio líquido do maior banco do país ficou em 23,7% —era de 21,8% em 2018.

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