Aulas são canceladas, e escola inicia campanha
são paulo As fortes chuvas levaram escolas públicas e particulares de São Paulo a cancelarem aulas nesta segunda (10).
Na rede estadual, as aulas foram suspensas em 40 das 5.100 unidades. O conteúdo deverá ser reposto posteriormente. Nessas unidades, não haverá aulas nesta terça, ou até que a situação se normalize.
Na municipal, as aulas foram mantidas como regra geral nesta segunda, mas a Secretaria de Educação informou que 1% das cerca de 4.000 escolas não atendeu por dificuldades no entorno. Haverá reposição. Nesta terça, segundo a prefeitura, as aulas na rede municipal estão mantidas.
Na rede privada, ao menos cinco colégios foram afetados.
A av. Arruda Botelho, por onde os alunos costumam entrar no Colégio Santa Cruz, ficou bloqueada pela chuva. Na área interna, pátios ficaram totalmente alagados, e no local onde ficará a nova biblioteca da escola, mesas e cadeiras ficaram cobertas pela água.
O Colégio Visconde de Porto Seguro também cancelou as aulas no campus Morumbi. “As chuvas causaram alagamentos em toda a região, o córrego ao lado do colégio transbordou e afetou diretamente os nossos estacionamentos. Iremos realizar toda a higienização para a segurança de nossos estudantes”, informou a direção.
Em Perdizes (zona oeste), o São Domingos cancelou as aulas da tarde, seguindo orientação das autoridades para evitar deslocamentos. “Na nossa escola, os mais atingidos são os funcionários e os professores que moram mais distante e dão o suporte para o nosso funcionamento. Durante a manhã procuramos atender, com bastante precariedade, os alunos que chegaram”, disse em nota aos pais.
No Brooklin, a escola Aubrick seguiu a mesma linha, cancelando as aulas da tarde.
Decisão semelhante foi tomada pela Escola Castanheiras, em Santana de Parnaíba (Grande SP), que suspendeu as aulas regulares e acolheu os alunos que chegaram.
Professores, educadores e pais de alunos se mobilizam para arrecadar doações para famílias que vivem nas favelas da Linha e do Nove, na Vila Leopoldina (zona oeste).
Quem lidera a campanha é o Instituto Acaia, que administra o Atelieescola Acaia, com 350 alunos até o 6° ano —70% deles são das duas favelas e não pagam mensalidade.
Fundadora e diretora do instituto, a artista plástica Elisa Bracher diz que, em meio à chuva, começou a receber vídeos de pais de alunos que vivem nas comunidades mostrando os alagamentos para justificar a ausência às aulas.
Então, os não atingidos passaram a arrecadar comida e água, pão, chocolate, colchonete e cobertor para os afetados. Foram distribuídas mais de mil refeições nesta segunda, diz a artista plástica.
As doações podem ser feitas no Instituto Acaia, na r. Dr. Avelino Chaves, 80, ou por meio de depósito bancário.