Folha de S.Paulo

Ativista ambiental, passeou pela vida com emoção

SUELI LOREJAN (1959-2020)

- Patrícia Pasquini coluna.obituario@grupofolha.com.br

são paulo Escalar vulcões e explorar pontos turísticos de aventura eram atividades que Sueli Lorejan fazia com facilidade, devido ao preparo físico excelente.

Nascida na zona rural de Maringá (PR), Sueli era ativista ambiental e dedicou a vida ao cuidado da natureza. Na adolescênc­ia, mudou-se para Ribeirão Preto (SP), onde cursou Serviço Social, mas pouco atuou na profissão.

Foi na capital paulista que abraçou a causa do meio ambiente e trabalhou em diversos órgãos ligados à área.

Além da Cetesb, atuou junto ao Núcleo Cubatão do Parque Estadual da Serrado Mar, onde desenvolve­u projetos de manejo; e junto a escolas municipais da Baixada Santista. Foi gestora ambiental na Fundação Florestal e trabalhou nas secretaria­s municipal e estadual de Meio Ambiente de São Paulo.

Em 2012, recebeu indicação para o Prêmio Cidadão Sustentáve­l. Como ativista, também participou dos eventos Eco 92 e Rio +20.

Tinha paixão por viagens com um toque de aventura, segundo a irmã, a aposentada Syrlei Lorejan, 56.

Sueli viveu avida com emoção. Era ciclista e amante de trekking e de escaladas. Quando já tinha mais de 50 anos, subiu o monte Roraima, que fica na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.

Carnaval e festas eram sempre prioridade em sua agenda. Brincava nos blocos de São Paulo e prestigiav­a o evento em Olinda (PE) e no Rio.

Em 2019, percorreu um roteiro de vulcões em Cabo Verde e ficou 15 dias no deserto de Atacama (Chile).

Sueli Lo rejanmorr eu dia 5 de fevereiro, aos 60 anos, por complicaçõ­esde câncer no cérebro. Solteira, deixa um afilha, a mãe, três irmãos e o sonho de percorrer o caminho de Santiago de Compostela (Espanha).

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