Folha de S.Paulo

Seguros de carro costumam indenizar prejuízos causados pelas chuvas

- Eduardo Sodré

são paulo As chuvas desta segunda (10) em São Paulo trouxeram muitos prejuízos a donos de carros, que viram seus veículos levados por enchentes ou mesmo atingidos pelas águas dentro de garagens.

Os contratos de seguro, em geral, incluem indenizaçã­o por problemas causados pelas chuvas. A modalidade mais comum oferecida pelas companhias é a cobertura compreensi­va. Essa opção ressarce clientes cujos veículos sofreram danos por enchente, incêndio, colisão, roubo ou furto.

O procedimen­to do segurado deve ser o mesmo para todos os casos: entrar em contato com o corretor ou com a companhia que fez a apólice. Há canais disponívei­s 24 horas. Os números para ligação estão nos sites, nas apólices e nos cartões das empresas.

Se o carro ficou preso em uma área alagada e não houve vítimas, não é necessário fazer um boletim de ocorrência.

Contudo, há casos em que a seguradora pode negar a indenizaçã­o. De acordo com a companhia Porto Seguro, o cliente não pode se expor a riscos que agravem o dano. Isso ocorre quando, por exemplo, o motorista tenta seguir adiante em uma rua alagada.

O mesmo ocorre se o segurado afirmar na apólice que o automóvel é guardado em garagem fechada na residência, mas o carro estava estacionad­o em frente ao endereço quando sua rua foi alagada.

Apesar da chuvas, a central de atendiment­o da Porto Seguro recebeu cerca de 3.000 chamados na segunda, dentro da média. A empresa acredita que muitos segurados deixaram para acionar os serviços no dia seguinte. A empresa calcula aumento de 20% nas ligações nesta terça (11).

De todos os chamados de segunda, cerca de 500 foram por sinistro em alagamento.

Se o veículo estava parado em uma vaga e a inundação chegou até a altura das janelas, é provável que haja perda total do bem. Isso ocorre por causa da entrada de água em partes eletrônica­s e nos sistemas de admissão do motor.

São equipament­os caros que, combinados aos custos de substituiç­ão de forrações e do ar-condiciona­do, podem fazer a despesa com o reparo superar 75% do valor do carro, que é o teto para consertos.

Carros que passaram por enchentes e foram reparados podem apresentar mau cheiro e descolamen­to de partes da cabine. São sinais de serviço foi mal feito. O cliente pode acionar a oficina ou a seguradora para pedir novo reparo.

Em casos de danos apenas nos revestimen­tos, o segurado precisa checar se tem direito à higienizaç­ão do carro. Esse serviço pode custar entre R$ 400 e R$ 2.000.

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Eduardo Anizelli/Folhapress Carros danificado­s pela enchente de segunda (10) na avenida Mofarrej, na zona oeste de São Paulo

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