Seguros de carro costumam indenizar prejuízos causados pelas chuvas
são paulo As chuvas desta segunda (10) em São Paulo trouxeram muitos prejuízos a donos de carros, que viram seus veículos levados por enchentes ou mesmo atingidos pelas águas dentro de garagens.
Os contratos de seguro, em geral, incluem indenização por problemas causados pelas chuvas. A modalidade mais comum oferecida pelas companhias é a cobertura compreensiva. Essa opção ressarce clientes cujos veículos sofreram danos por enchente, incêndio, colisão, roubo ou furto.
O procedimento do segurado deve ser o mesmo para todos os casos: entrar em contato com o corretor ou com a companhia que fez a apólice. Há canais disponíveis 24 horas. Os números para ligação estão nos sites, nas apólices e nos cartões das empresas.
Se o carro ficou preso em uma área alagada e não houve vítimas, não é necessário fazer um boletim de ocorrência.
Contudo, há casos em que a seguradora pode negar a indenização. De acordo com a companhia Porto Seguro, o cliente não pode se expor a riscos que agravem o dano. Isso ocorre quando, por exemplo, o motorista tenta seguir adiante em uma rua alagada.
O mesmo ocorre se o segurado afirmar na apólice que o automóvel é guardado em garagem fechada na residência, mas o carro estava estacionado em frente ao endereço quando sua rua foi alagada.
Apesar da chuvas, a central de atendimento da Porto Seguro recebeu cerca de 3.000 chamados na segunda, dentro da média. A empresa acredita que muitos segurados deixaram para acionar os serviços no dia seguinte. A empresa calcula aumento de 20% nas ligações nesta terça (11).
De todos os chamados de segunda, cerca de 500 foram por sinistro em alagamento.
Se o veículo estava parado em uma vaga e a inundação chegou até a altura das janelas, é provável que haja perda total do bem. Isso ocorre por causa da entrada de água em partes eletrônicas e nos sistemas de admissão do motor.
São equipamentos caros que, combinados aos custos de substituição de forrações e do ar-condicionado, podem fazer a despesa com o reparo superar 75% do valor do carro, que é o teto para consertos.
Carros que passaram por enchentes e foram reparados podem apresentar mau cheiro e descolamento de partes da cabine. São sinais de serviço foi mal feito. O cliente pode acionar a oficina ou a seguradora para pedir novo reparo.
Em casos de danos apenas nos revestimentos, o segurado precisa checar se tem direito à higienização do carro. Esse serviço pode custar entre R$ 400 e R$ 2.000.