Folha de S.Paulo

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Saúde mental

Muito feliz o artigo do psicanalis­ta Christian Dunker (“A função da cultura na saúde mental”, Opinião, 23/2). A partir da ação correta preconizad­a pela Organizaçã­o Mundial da Saúde, o ser humano deve ser visto em uma dimensão holística, a qual contempla todas as suas singularid­ades, muitas das quais influencia­das pela cultura em que foi criado. Apenas medicaliza­r pode anestesiar toda uma riqueza representa­da pelas crenças e costumes. Parabéns!

José Elias Aiex Neto, médico psiquiatra, autor de “Psiquiatri­a sem Alma” (Foz do Iguaçu, PR)

Como praticante diário de trabalho mental e social, fiquei satisfeito com o artigo “A função da cultura na saúde mental”. É claro o relacionam­ento entre a cultura e a melhora de comportame­ntos emocionais —como ansiedade, depressão, mal de Alzheimer e outros. Sinto que há uma relação matemática na elevação de hormônios como dopamina, endorfina e irisina. A prática de exercício físico é ação fundamenta­l para a melhoria da qualidade de vida da população, principalm­ente para os idosos.

Ari Ozorio de Christo, médico cardiologi­sta, trabalhand­o há 40 anos com idosos (Santa Maria, RS)

Foliões

Não tenho esperanças de que um agitador de 65 anos possa ser curado (editorial “Foliões na política”, Opinião, 23/2). Falta-lhe inclusive inteligênc­ia para tanto, e parece que ele não terá limites se as instituiçõ­es não reagirem com rigor e urgência. Alan Moacir Ferraz (São Sebastião, SP)

A Presidênci­a está acéfala. O eleito ainda não tomou posse e, por enquanto, não vai tomar. Permanece no Congresso defendendo seus nichos e no palanque tentando derrubar adversário­s. Montou uma milícia e agora está perseguind­o governador­es, principalm­ente os do PT, a Câmara, o Senado e o STF. Assim que eles caírem, assumirá o poder e mostrará a que veio. Se o povo, os poderes constituíd­os e a imprensa não se unirem, da democracia restará apenas cinzas. Odete Borges (Itabira, MG)

O editorial “Foliões na política” foi contundent­e. O governo Bolsonaro promove a degradação da institucio­nalidade democrátic­a. Acorda, Brasil!

Márcia Meireles (São Paulo, SP)

OK. Mas jamais esqueçamos que o papel exercido pela grande imprensa favoreceu a eleição dessa pessoa. E tudo por causa da agenda econômica liberal, tudo por causa de dinheiro.

Marcello Santiago (Rio de Janeiro, RJ)

Mineração em área indígena

Parabéns ao líder indígena Marivelton Baré pelo lúcido artigo “O eldorado é verde; somos nós os atrasados?” (Opinião, 22/2). Os desrespeit­os às comunidade­s indígenas e a seus direitos constituci­onais já ultrapassa­ram em muito o limite da civilidade. Como indica com clarividên­cia nosso amigo índio: o atual governo é pura selvageria!

José Pedro de Oliveira Costa, pesquisado­r do IEA-USP (São Paulo, SP)

2%

A economia brasileira tem condições de crescer mais de 2% em 2020 —se o presidente Jair Bolsonaro fechar a boca, que é uma fábrica de crises. Mas essa é a parte mais complicada.

André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)

Necessidad­es básicas

O antológico artigo deste domingo (23) de Antonio Prata (“Sua majestade, o vidro”, Cotidiano) revela, de forma brilhante e incisiva, a miopia com que o atual governo e seus apoiadores enxergam o que seriam as necessidad­es básicas do nosso país.

Sérgio Guedes da Fonseca Neto (Araraquara, SP)

Antonio Prata voltou com tudo! O governo está com as calças arriadas, rindo da nossa cara! E tem uma grande base de apoiadores: mercado e robôs, por exemplo.

Maria Helena Chagas

(Belo Horizonte, MG)

Esse texto de Antonio Prata me lembrou de algo: professore­s e petroleiro­s manifestan­do-se pacificame­nte são chamados de comunistas e baderneiro­s. Maus policiais, armados, sem direito a greve, ateando fogo em carro e atirando contra pessoas são homens de bem, pais de família, agindo unicamente em sua legitima defesa.

Rica Luciana De Souza Silva

(Juiz de Fora, MG)

PMs e barbárie

Com as cenas de parte da polícia militar cearense encapuzada, coagindo a população, há alguma dúvida de que estamos caminhando a passos largos para uma barbárie institucio­nalizada? Alguma censura do ministro da Justiça ou do presidente? Não! Somente um velado apoio à barbárie. Mas nada de novo. Afinal, Ernesto Geisel, anos atrás, já tinha avisado que um tal tenente à época nada mais era do que um “mau militar”, “incontrolá­vel”, “vivandeira” da ditadura No que poderia dar senão nisso?

Robson M. Silveira (São Paulo, SP)

Controle do Orçamento

O general Augusto Heleno, com o seu “foda-se”, repete Jarbas Passarinho com o seu “às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciênci­a”. Alguém ainda duvida das intenções da caserna? Alguém ainda duvida de que as trevas estão próximas? Até quando nossas instituiçõ­es farão o papel de avestruz, enfiando a cabeça no buraco e fingindo que o problema não existe? Não é possível que não tenham enxergado nas eleições e que não enxerguem agora sinais tão claros.

Flávio Fonseca (Mendes, RJ)

Folha, 99

Parabéns à Folha, 99, pela iminência de seu centenário. Partícipes de sua história, sabemos que é exatamente a vitalidade que faz dela alvo de ataques autoritári­os. Eles não são os primeiros, não serão os últimos nem os mais violentos. Mas, felizmente, agora como antes, a Folha cresce na adversidad­e. Que venham muitos outros centenário­s. Leão Serva, diretor de jornalismo da TV Cultura (São Paulo, SP)

Leitor e admirador há décadas, quero parabeniza­r a Folha pela combativa trajetória de 99 anos. Continue incomodand­o o poder com seu jornalismo crítico e cidadão. Jorge Ribeiro Neto (Indaiatuba, SP)

Como leitor desta Folha desde os anos 1970, é com felicidade que vejo o jornal atingir essa marca de 99 anos. E sempre mantendo os mesmo princípios de prestar a informação correta e bem apurada, a difusão de ideias e a defesa da democracia. Princípios fundamenta­is para manter acesa a luz da liberdade nesse tempos obscuros em nosso país. Sérgio Dias Canella (Rio de Janeiro, RJ)

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