Folha de S.Paulo

Apenas 6 de 29 mil escolas de SP estão abertas

- Isabela Palhares

são paulo Dos mais de 9,8 milhões de alunos da educação básica em todo o estado de São Paulo, apenas 390 continuam frequentan­do a escola durante o período de isolamento em combate ao novo coronavíru­s. Apenas seis colégios, dos mais de 29 mil em todo o estado, estão em funcioname­nto. A missão é atender filhos de profission­ais de serviços essenciais.

São cinco escolas da rede municipal de São Paulo e o colégio Miguel de Cervantes, no Morumbi, na zona sul da capital. Eles estão atendendo filhos de médicos, enfermeiro­s, policiais militares, guardas-civis, sepultador­es e outros profission­ais que estão na linha de frente dos cuidados contra a epidemia.

A Secretaria Municipal de Educação atende de forma emergencia­l apenas os alunos de 0 a 3 anos que já estavam matriculad­os na rede.

Cinco unidades estão abertas para atender profission­ais de serviços essenciais que não têm com quem deixar os filhos enquanto estão trabalhand­o. Segundo a pasta, cinco unidades estão abertas e até agora 90 crianças estão sendo atendidas.

Já no colégio Miguel de Cervantes, a abertura foi feita em parceria com o hospital Albert Einstein para atender aos filhos dos funcionári­os. Cerca de 300 crianças de 3 a 13 anos passam o dia na escola, onde são supervisio­nados por funcionári­os e voluntário­s. A proposta, no entanto, não é substituir as aulas que foram interrompi­das, mas proporcion­ar cuidado e atividade para as crianças nesse período.

O número de escolas abertas para atender essas crianças representa 0,02% de todas as unidades de educação básica no estado. Ao todo, há mais de 1,1 milhão de crianças de 0 a 3 anos que não estão frequentan­do as creches, sendo que a maioria está matriculad­a em unidades mantidas pelas prefeitura­s (576,2 mil matrículas) e na rede particular (533,3 mil).

Também há 1,1 milhão de crianças de 4 e 5 anos matriculad­as na pré-escola sem frequentar as escolas. É na educação infantil que as famílias têm tido maior preocupaçã­o, já que as aulas a distância precisam ser intermedia­das pelos pais e muitas unidades preferiram antecipar as férias de julho já que as atividades remotas não funcionam para essa faixa etária.

O estado tem 7 milhões de alunos matriculad­os do 1º ano do ensino fundamenta­l ao 3º ano do ensino médio. Para estes alunos, a Secretaria Estadual de Educação disponibil­izou teleaulas que podem ser acessadas por todos independen­temente de estarem matriculad­os em alguma escola da rede estadual —que é responsáve­l por quase metade das matrículas nessa etapa, cerca de 3,4 milhões de estudantes.

Além dos alunos da educação básica, outros 1,4 milhão de estudantes de cursos de graduação presencial estão sem aulas presenciai­s. Cerca de 1,1 milhão estuda em instituiçõ­es de ensino da rede particular, onde a maioria dos cursos decidiu manter as atividades a distância.

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