Empresa nega relação com esquema e diz que respondeu a Anatel
Procurada pela Folha, a Talktelecom afirmou que “a ação [no TRE] já transitou em julgado e foi considerada totalmente improcedente”.
“À época, esta operadora de telefonia teve suas linhas contratadas e utilizadas por centrais de call center, como rotineiramente ocorre com qualquer operadora de telefonia do Brasil, sem interferência ou conhecimento sobre o conteúdo transmitido”, disse em nota.
A empresa informou ter sido contratada pelo Ministério da Saúde por meio de processo de compra pública.
A pasta afirmou que houve dispensa de licitação nesta contratação por causa de uma lei vigente desde fevereiro deste ano que instituiu o estado de emergência de saúde pública no país.
A assessoria de imprensa do grupo integrado pela Talktelecom e a Falkland afirmou que as duas são empresas distintas, embora pertençam ao mesmo conglomerado.
“No que diz respeito aos fatos que envolvem a Falkland, voltamos a reforçar a independência na operação das duas empresas, que inclusive prestam serviços diferentes.”
“A Falkland não tem conhecimento ou interferência sobre o conteúdo das chamadas realizadas por seus clientes ou sobre a realização de jogos televisivos [quiz ou sorteios de prêmios]”, disse a empresa por email.
O grupo afirmou ainda que, em 15 anos de atuação, a Anatel abriu procedimentos de apuração de descumprimento de obrigações (Pado) sobre a Falkland, sendo que quatro deles estão em curso e foram contestados pela operadora. “Todos os processos foram devidamente contestados”, disse a empresa.