Casos que envolvem entorno de Bolsonaro
INQUÉRITO DAS FAKE NEWS
Em inquérito sigiloso conduzido pelo STF, a PF identificou o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, como um dos articuladores de um esquema criminoso de fake news. Dentro da PF, não há dúvidas de que Bolsonaro quis exonerar o exdiretor da PF Maurício Valeixo, homem de confiança de Moro, porque tinha ciência de que a corporação havia chegado ao seu filho. Para o presidente, tirar Valeixo da direção da PF poderia abrir caminho para obter informações da investigação do STF ou trocar o grupo de delegados do caso
ATOS PRÓ-GOLPE MILITAR
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a abertura de inquérito para investigar os atos do dia 19 de março. O pedido também foi feito por Aras. O objetivo é apurar possível violação da Lei de Segurança Nacional por “atos contra o regime da democracia brasileira”. A investigação mira empresários e ao menos dois deputados federais bolsonaristas por, possivelmente, terem organizado e financiado os eventos. Os nomes são mantidos em sigilo. Bolsonaro, que participou dos atos em Brasília, não será investigado, segundo interlocutores do procuradorgeral. Eles alertam, porém, que, caso sejam encontrados indícios de que o chefe do Executivo ajudou a organizálos, ele pode vir a ser alvo
CASO QUEIROZ
Em agosto do ano passado, Bolsonaro anunciou a troca do superintendente da PF no Rio, Ricardo Saadi, por questões de gestão e produtividade. A corporação passava por momento delicado, após vir à tona o caso Fabrício Queiroz, policial aposentado e exassessor do senador Flávio Bolsonaro (RepublicanosRJ) na Assembleia do Rio. Ele é o pivô da investigação do Ministério Público que atingiu o senador, primogênito do presidente. A suspeita é de que o dinheiro seja de um esquema de “rachadinha” —quando funcionários são coagidos a devolver parte de seus salários aos deputados