5 milhões de formais já foram afetados desde o início da crise
A mais recente Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) —pesquisa conduzida pelo IBGE por amostragem para medir informalidade taxa de desemprego do país— traz dados até fevereiro, antes da crise. A pesquisa ainda terá de mudar em razão da pandemia e passará a ser feita pelo telefone, modelo sujeito a distorções.
Em outros países, como nos Estados Unidos, os dados do seguro-desemprego são liberados semanalmente pelo Departamento de Trabalho. Em cinco semanas, por exemplo, 26 milhões de americanos solicitaram o auxílio, indicado que foram fechados no mercado de trabalho local praticamente todos os postos criados nos últimos dez anos.
Até dezembro de 2018, o então Ministério do Trabalho (hoje incorporado à Economia) mantinha ativo o Painel do Seguro-Desemprego.
Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, o painel foi desativado porque a quantidade de acessos não justificava a manutenção do sistema, “que exigia emprego de recursos e servidores”.
O seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária paga pelo governo a trabalhadores dispensado sem justa causa. O valor varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.
A secretaria também informou neste mês que o Caged continuará suspenso até que haja a completa atualização das informações por parte das empresas. Bruno Bianco secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia
No início deste ano, o governo já tinha mudado a divulgação dos dados devido à migração do sistema usado pelas empresas para declarar dados como admissões, demissões, férias e reajustes salariais.
Enquanto usavam o Caged, os empresários tinham até o dia 7 de cada mês para lançar as informações. Com a mudança para o eSocial (sistema de escrituração que promete simplificar a prestação de informações), a data-limite mudou para o dia 15.
Segundo o ministério, 17 mil empresas deixaram de lançar corretamente as informações de demissões realizadas em janeiro no sistema.
Com a pandemia, o ministério também afirma que as empresas passaram a ter dificuldade de enviar os dados, já que muitas estão fechadas e com dificuldade de fazer contato com escritórios de contabilidade.
“Claro que temos um aumento de desemprego, vamos ter aumento, mas o Brasil está conseguindo preservar muitos empregos