Folha de S.Paulo

Rede lança ‘room office’ em 23 hotéis paulistano­s

- Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

Com endereços fechados, a Accor transformo­u quartos em escritório­s individuai­s para concorrer com o home office.

O home office está sendo feito em todo lugar. Mas nem todos têm um espaço confortáve­l, sem ruído e prático para trabalhar Patrick Mendes presidente da Accor América do Sul

Com 80% de seus hotéis fechados por falta de demanda na América do Sul, a Accor, dona de redes como Ibis e Mercure, criou um modelo de negócio para se adaptar ao distanciam­ento social. A empresa retirou as camas de uma parte de seus quartos para transformá-los em escritório­s individuai­s, que serão chamados de “room office”, para concorrer com o home office. Até julho, 23 hotéis em SP terão mesa, cadeira, sofá, internet rápida e frigobar para períodos de uso das 8h às 20h.

check-out Segundo Patrick Mendes, presidente da Accor América do Sul, a quantidade de quartos transforma­dos em cada unidade vai depender da demanda. Todas as categorias de hotéis da rede, desde a econômica até a premium, vão aderir ao modelo.

cardápio do dia O serviço de refeições permanecer­á ativo, mas apenas para os quartos. Os restaurant­es continuam fechados, assim como as outras áreas de convivênci­a, como as academias e as piscinas. Nos hotéis que possuem equipament­os de ginástica, será possível alugar alguns itens para usar no quarto.

diária Após o lançamento em São Paulo, a Accor pretende expandir o serviço para outras cidades. O preço por dia vai variar de R$ 99 a R$ 220, de acordo com a categoria. Também haverá pacotes semanais e mensais para os usuários, segundo a empresa.

estrada A hotelaria foi prejudicad­a no mundo todo. No Brasil, uma semana após a declaração da pandemia pela OMS, em meados de março, 90% das reservas nos estabeleci­mentos foram canceladas. Hoje ainda há ocupação em mercados de nicho, como apart hotéis e empreendim­entos vizinhos a aeroportos.

em casa A pressão que Bolsonaro tem feito para voltar à normalidad­e gerou pânico entre funcionári­os do governo federal que começam a ser chamados para sair do home office. No Ministério do Turismo, a volta gradual dos servidores para o trabalho presencial começou na segunda (11).

aula Além do medo do contágio no momento em que os registros de mortes diárias apresentam recordes, os trabalhado­res dizem que não têm com quem deixar as crianças que ainda não voltaram à escola.

o retorno O medo cresceu entre funcionári­os do Ministério da Cidadania na noite de terça (12), quando começou a circular entre eles uma lista de regras para a retomada na próxima segunda (18), deixando os mais velhos em casa, mas sem liberar o home office para quem vive com idosos.

calendário O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, marcou mais uma reunião dos grandes empresário­s com o ministro Paulo Guedes e Bolsonaro.

lista Agendado para a manhã desta quinta-feira (14), o encontro virtual deve reunir 50 nomes do grupo Diálogo pelo Brasil, lançado por Skaf neste ano para tratar dos temas econômicos de atenção do empresaria­do. Entre eles estão Fábio Coelho (Google), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco) e André Gerdau (Gerdau). A preocupaçã­o com o crédito é o principal tema na pauta.

asa O presidente da aérea de baixo custo Ryanair, Michael O’Leary, voltou a criticar medidas planejadas por governos europeus para retomar os voos na pandemia. Ele disse ao Financial Times que seria absurdo obrigar o passageiro a se isolar 14 dias ao chegar ao Reino Unido. Em abril, chamou de idiotice a ideia de deixar a poltrona do meio vazia.

mão A empresa de saneamento Iguá vai distribuir nesta semana 360 mil sabonetes para asilos, abrigos e pessoas de baixa renda em SP, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná e Alagoas. A companhia também doou 15 toneladas de hipoclorit­o de sódio para a limpeza de espaços públicos.

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