Folha de S.Paulo

BRAGA NETTO

ministro-chefe da Casa Civil

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Reunião ministeria­l

Moro disse que Bolsonaro lhe disse precisar de pessoas de sua confiança em cargos de comando da PF para que pudesse interagir, telefonar e obter relatórios de inteligênc­ia. Para corroborar essa informação, relatou as declaraçõe­s do presidente na reunião de 22 de abril. Ao depor, Braga Netto corroborou a versão de Bolsonaro. Afirmou que, ao mencionar a troca da “segurança no Rio de Janeiro”, no seu entender, o presidente tratava de sua segurança pessoal naquele estado, a cargo do GSI, e não da PF.

Solução intermediá­ria

Sobre o encontro relatado por Moro com Ramos, Heleno e Braga Netto, o chefe da Casa Civil disse que, para acalmar Moro, ele e os colegas disseram que iriam conversar com Bolsonaro. Segundo Braga Netto, “não houve o compromiss­o de demover” Bolsonaro da intenção de mexer no comando da PF. O ministro disse que não chegou a falar com o presidente e que não teve uma iniciativa de buscar uma “solução intermediá­ria” para o impasse .

Investigaç­ões incômodas

Braga Netto foi questionad­o sobre eventuais investigaç­ões da PF que poderiam estar incomodand­o Bolsonaro e levando-o a pressionar por trocas na corporação. O chefe da Casa Civil disse se recordar apenas que ele se queixava de não terem sido esclarecid­as as circunstân­cias do depoimento de um porteiro de seu condomínio no Rio envolvendo seu nome no caso do assassinat­o de Marielle Franco. O ministro disse ainda que se recorda que Bolsonaro reclamou de dados do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligênc­ia).

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