RICARDO SAADI
ex-superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro
Motivos de sua
exoneração A exoneração de Saadi da Superintendência da
PF no Rio foi apontada por Moro como um dos principais movimentos de Bolsonaro para interferir na corporação. Em depoimento, Saadi afirmou que a sua saída, em agosto de 2019, não foi justificada à época pelo então diretor-geral, Maurício Valeixo. Saadi disse que Valeixo lhe telefonou dizendo que iria adiantar os “planos de troca” no comando da PF no Rio, “não revelando eventuais razões para tanto”.
Interferência
política Bolsonaro é suspeito de tentar obter dados de apurações em curso no Rio para, supostamente, proteger familiares e aliados.
Saadi contou que “nem o presidente da República Jair Bolsonaro, nem o exministro da Justiça Sergio Moro lhe solicitaram direta ou indiretamente relatórios de inteligência”. Ele também negou ter recebido solicitações de informações ou de arquivamento de inquéritos.
Produtividade
Bolsonaro atribuiu sua intenção de trocar Saadi, no ano passado, a questões de produtividade no comando da superintendência. Ao depor na segundafeira (11), o delegado negou problemas de desempenho. Disse que, ao assumir, a PF no Rio tinha uma das piores performances, passando, em sua gestão, a figurar entre as melhores. Ele disse que sua saída já vinha sendo negociada com a diretoria-geral e estava relacionada a questões familiares.