Ação do Itaú processará 25 mil testes por dia no Rio e no Ceará
são paulo A doação de R$ 1 bilhão feita pelo Itaú Unibanco em abril para criar o Todos pela Saúde, iniciativa de combate ao vírus no Brasil, vai ser usada para a criação de duas centrais de processamento de testes do tipo PCR para detectar a presença do parasita na população.
Rio e Fortaleza vão receber os laboratórios que, quando chegarem à capacidade máxima, poderão dar o resultado de até 25 mil exames de biologia molecular por dia. As centrais funcionarão em parceria com a Fiocruz.
Há dois tipos de testes para detectar a infecção. Os testes rápidos atestam a presença de anticorpos contra o vírus no sangue da pessoa e dão o resultado em poucos minutos. Mais precisos, os testes de biologia molecular (PCR) indicam a presença do vírus no corpo e podem dizer se a infecção está ainda na fase aguda. Esses testes, porém, levam mais tempo para fornecer o resultado, e o país tem dificuldade para processá-los.
As centrais devem começar a funcionar em junho, diz Pedro Barbosa, presidente do Instituto de Biologia Molecular do Paraná, instituição ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Inicialmente, os laboratórios processarão 5.000 testes por dia.
Barbosa faz parte do grupo que responsável por decidir sobre a alocação do dinheiro.
O médico Paulo Chapchap, diretor-geral do Hospital Sírio Libanês, lidera a equipe que conta com Drauzio Varella, médico e colunista da Folha, Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Anvisa, Maurício Ceschin, ex-diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), e o consultor do Conselho dos Secretários de Saúde Eugênio Vilaça Mendes.
A criação dos laboratórios foi divulgada nesta quarta (13), na apresentação do balanço do primeiro mês do Todos pela Saúde. Segundo Chapchap, o projeto deve ser mantido após a pandemia.