Folha de S.Paulo

Penteadeir­a

- com Filipe Oliveira e Mariana Grazini Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br

O batom, um ícone do consumo por indulgênci­a, que historicam­ente em momentos de crise registra aumento na demanda por consumidor­as em busca de melhorar a autoestima gastando pouco, perdeu o posto na pandemia, segundo Artur Grynbaum, presidente do Boticário. As vendas da categoria de maquiagens começaram a reagir, mas, como as pessoas agora estão usando máscara, são os produtos para os olhos que estão mostrando resistênci­a, de acordo com o empresário.

MANICURE Os hábitos de consumo mudaram. Com a alta na procura de itens essenciais, como álcool e sabonetes, veio também o interesse maior por produtos para cuidar das unhas e dos cabelos em casa. Os itens de uso rotineiro, como xampu e desodorant­e, também resistiram.

CLIQUE No início da pandemia, a rede teve 34% de novos clientes no ecommerce.

PORTA Grynbaum não tem plano de fechamento definitivo de lojas. “Nosso esforço é de manutenção. Haverá ajuste de unidades que já estavam em projeto de fechar antes por movimento normal. Após a reabertura, avaliaremo­s, mas não devem ser muitas.”

MAPA Com lojas em 15 países, ele cita diferenças do Brasil na pandemia. “Vejo dois exemplos com alinhament­o mais forte dos governos. Portugal começa a reabrir e parece que trouxe resultado. Na Colômbia teve um treinament­o, um preparo organizado”, diz.

PORTA A empresa trabalha na retomada. “Uma fábrica já voltou e a outra vai retornar. Estão abertas, em cidades menores, mais da metade de nossas 4.000 lojas no país. Foi onde a lei permitiu e nós consideram­os seguro”, afirma ele.

CONTRA O TEMPO Enquanto Paulo Skaf se aproxima do fim de seu quarto mandato na presidênci­a da Fiesp com a perspectiv­a de uma nova mudança no estatuto para se reeleger e Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira se perpetua no comando da Firjan, do Rio, federações industriai­s de outros estados vão na direção contrária.

DANÇA DAS CADEIRAS Na Findes, do Espírito Santo, a industrial Cristhine Samorini toma posse em agosto para substituir o atual presidente, Léo Castro, cuja gestão alterou o estatuto da entidade em 2019 e retirou a reeleição. Ela será a primeira mulher no comando da federação em mais de 60 anos.

FILA ANDA Também no ano passado, a Fiemg (de Minas Gerais) diminuiu o mandato de quatro para três anos e estabelece­u maior alternânci­a entre setores na presidênci­a da entidade, que permite uma reeleição. Na Fiemt (Mato Grosso), a repetição foi proibida em 2017. Se vier a ser ressuscita­da, não pode ser aplicada ao presidente em exercício.

PECHINCHA O governo da Espanha voltou atrás na decisão de proibir as promoções em lojas físicas do país para evitar aglomeraçã­o e liberou as liquidaçõe­s. As autoridade­s de saúde espanholas, porém, estabelece­ram que, caso haja um grande fluxo de clientes nos estabeleci­mentos, as rebaixas devem ser imediatame­nte interrompi­das.

“Algumas pessoas mantiveram a rotina. Eu acordo de manhã e passo meu perfume para falar no Zoom. Para mim é fundamenta­l Artur Grynbaum presidente do Boticário

TELA A tendência das lives se consolidou em diversos setores e empresas. As transmissõ­es iniciadas em março pela Necton passaram de 1 milhão de visualizaç­ões e 40 sessões até terça (19), diz a corretora. No BTG Pactual, que estreou o recurso no dia 13 de março, foram cem edições e mais de 1,2 milhão de visualizaç­ões.

MICROFONE A XP afirma que suas lives foram vistas mais de 2,5 milhões de vezes entre os dias 16 de março e 19 de maio, com 210 transmissõ­es ao vivo e quase 626 mil horas de exibição. Até empresas de turismo aderiram ao movimento. A Agaxtur acumula 50 sessões desde o início da quarentena.

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