Brasil choca ‘ovo da serpente’ e vê ‘fuga em massa de capital’
O alemão Frankfurter Allgemeine listou exibições extremistas recentes, como a marcha com tochas em Brasília, e as comparações do país com a República de Weimar para alertar que “o ovo da serpente ameaça se abrir” no Brasil. Na foto, Bolsonaro a cavalo.
Também com foto de Bolsonaro, a home page do New York Times destacou que são “homens populistas e anti-establishment” como ele que estão no poder “onde o coronavírus cresceu mais”. Noutra chamada, “Destruição das florestas tropicais cresceu liderada de novo pelo Brasil”.
Na home da CNN americana, a submanchete também trazia foto de Bolsonaro, mas ao lado de outra, de Lula, com a chamada “Ex-presidente conclama pelo impeachment”. Na entrevista, Lula aponta, junto às crises de saúde e economia, “uma crise de irresponsabilidade por parte do presidente da República”.
Também no alto da home, o Financial Times destacou que os “Fluxos recordes de saída do Brasil sublinham medo dos investidores de Bolsonaro”. Logo abaixo, “Fuga de capitais estrangeiros acende sinal vermelho sobre a maior economia da América Latina”.
Enquanto os “emergentes como um todo” já estão revertendo a saída de capital, “os investidores estrangeiros em ações e títulos do Brasil continuam a tirar dinheiro em massa, assustados pelo presidente da direita linha-dura”.
fúria global
New Yorker e Washington Post listaram o que a revista chama de “fúria global com a América e seus valores”, ilustrada pela imagem de George Floyd num trecho do Muro de Berlim. Além dos grandes protestos pelo mundo, enfatizaram comunicados da União Europeia e da União Africana. A primeira cobrou, dos EUA, “o pleno respeito ao Estado de Direito”. A segunda criticou “as práticas discriminatórias contínuas contra negros nos EUA”.
#blacklivesmatter
Enquanto a Fox News festejava a suposta repressão iminente, o presidente do grupo, Lachlan Murdoch, filho de Rupert, apareceu com um comunicado interno aos “colegas” do canal: “É essencial que nos unamos à dor da família Floyd, ouçamos atentamente as vozes de protestos pacíficos e entendamos fundamentalmente que as vidas negras importam”.