Uso complementar de terapias integrativas é defendido em carta
SÃO PAULO Seis entidades acadêmicas que estudam práticas integrativas divulgaram carta de apoio à recomendação do CNS (Conselho Nacional de Saúde) para o uso complementar dessas terapias no tratamento da Covid-19.
Na semana passada, a medida foi alvo de críticas por parte da comunidade científica sob alegação de que não há sólidas evidências científicas que a amparem. Para as entidades, a recomendação está sendo mal interpretada.
No manifesto, elas dizem que as práticas integrativas (PICs) estão no SUS desde 2006, de forma complementar ao tratamento convencional. “Colaboram na promoção do autocuidado, na prevenção de doenças e agravos, e na redução de sintomas físicos e mentais.”
Afirmam também que sua inserção no SUS é orientada por evidências científicas e regulamentada por uma política do Ministério da Saúde e as Estratégias da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre Medicina Tradicional.
Segundo o documento, no atual contexto de isolamento social, as PICs são dirigidas a profissionais de saúde e à população em geral para “cuidar do estado de grande sofrimento emocional e físico.”
De acordo com as entidades, a oferta de PICs, como meditação, ioga, práticas da medicina chinesa, musicoterapia, reiki e terapia comunitária integrativa, têm acontecido no SUS de forma remota, com os cuidados necessários para evitar a infecção de profissionais e pacientes.
A carta informa que os fitoterápicos, homeopáticos, florais, entre outros, também seguem o protocolo de distanciamento social, com prioridade para o atendimento por telemedicina.