Usuários postam nas redes sociais adaptações de símbolo antifascista
A presença de movimentos de cunho fascista no Brasil não é nova. Mas eles têm ganhado destaque desde a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência por conta do apoio que oferecem ao governo.
No madrugada de domingo (31), um grupo de extrema direita, Os 300 do Brasil, protestou diante do STF (Supremo Tribunal Federal). A líder, Sara Winter, tinha sido alvo de operação da Polícia Federal na semana passada.
Também no domingo, um ato a favor da democracia, com a presença de torcedores de clubes rivais, ocupou parte da avenida Paulista, em São Paulo, mas a polícia acabou reprimindo a manifestação com bombas de efeito moral e balas de borracha após tensão com um grupo pró-Bolsonaro.
Atos e sinais fascistas ganham mais visibilidade por aqui enquanto nos EUA o presidente Donald Trump promete designar grupos antifascistas como organizações terroristas.
Nas redes sociais na segunda (1º) e terça (2), uma onda antifascista tomou conta de diversos perfis no Brasil, nos EUA e em outros países. Usuários publicaram o símbolo do movimento Antifa (abreviação de antifascista) como resposta às repressões sofridas nos últimos dias.
O Antifa é um movimento com origem na Alemanha e nos EUA dos anos 1920 e 1930, quando o mundo vivia a ascensão da extrema direita, especialmente com Adolf Hitler e Benito Mussolini. Células se organizaram àquela altura para lutar contra as organizações fascistas e nazistas.
Em 2016, com a chegada de Trump ao poder e a força que o movimento alt-right ganhou nos EUA, principalmente após o episódio de Charlottesville, os Antifas ressurgiram com força.
Nas redes sociais no Brasil, houve espaço para publicações sérias, em que pessoas associaram sua profissão ao símbolo antifascista, de médicos a professores, de enfermeiros a arquitetos. E, claro, também surgiram memes, como o “bom dia grupo” antifascista.