Partidos pedem que oposicionistas não saiam às ruas
Partidos de oposição como a Rede e o PSB divulgaram notas, nesta quinta, sobre os atos marcados para domingo. Eles desencorajam seus filiados a participar das manifestações, que ocorrerão em meio ao agravamento da crise do novo coronavírus, que já deixou mais de 30 mil mortos no Brasil.
Líderes das bancadas de PSB, PDT, PT, Cidadania e PSD no Senado também se manifestaram dizendo avaliar que não é o momento dos atos.
Os parlamentares afirmam, entretanto, que a mobilização para atos pró-democracia “aqueceu nossos corações de esperança” de que a população brasileira tenha percebido que “a política da Presidência da República tem sido devastadora ao país e aliada do coronavírus”.
“Adiaremos à ida às ruas, pelo bem da população, até que possamos, sem riscos, ocupá-las, em prol da população”, afirmam.
Os políticos também dizem temer que eventuais confrontos com a Polícia Militar sejam usados pelo governo Bolsonaro como pretexto para ações antidemocráticas.
“A Rede Sustentabilidade (...) orienta seus filiados, simpatizantes e a população em geral a não participarem, no momento, das manifestações de rua. Nosso cuidado continua sendo a preservação da vida e o combate a pandemia que continua a rondar e ameaçar a vida de nossa população”, diz nota. “Estamos na luta contra esse governo da morte, pelo impeachment do presidente e pela derrocada do neofascismo que ele representa.”
Já o PSB diz reconhecer uma escalada de autoritarismo no país, mas não acredita que este seja o momento para a população ir às ruas.
“Não estamos em um momento normal para tais manifestações, sendo necessário ponderar suas consequências. Inicialmente, não se pode afastar as limitações sanitárias impostas pelo momento agudo de disseminação do novo coronavírus no Brasil. Realizar grandes aglomerações deve piorar a progressão da doença, algo preocupante diante da flagrante fragilidade da atenção à saúde”, diz o texto.