‘Centrômetro’ do MBL vai seguir partilha de cargos
O MBL (Movimento Brasil Livre) lançou nesta quinta-feira (4) o “Centrômetro”, uma página em que as pessoas poderão acompanhar a distribuição de cargos do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) para os partidos do chamado “centrão”.
O levantamento mostra que, até agora, 16 cargos foram “entregues para indicados do centrão até o momento”, afirma o site.
Os salários de todos os nomeados, somados, chegam a R$ 274,3 mil.
Já o “total estimado do orçamento anual dos órgãos entregues ao centrão” alcança R$ 71,3 milhões.
“O presidente Bolsonaro desafiou a imprensa a mostrar quais cargos estavam sendo distribuídos, e para quais partidos. Resolvemos facilitar e divulgar isso de forma organizada. Com nossos dados, será possível ver os cargos distribuídos por legenda, por estado, por orçamento. Dá para fazer gráficos”, afirma o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).
O presidente Bolsonaro se aproximou do centrão para conseguir base de apoio estável no Congresso, evitando derrotas e até mesmo barrando a possibilidade de um processo de impeachment.
O PSD de Gilberto Kassab, por exemplo, já emplacou quatro indicações, contra três do PP, três do MDB, três do PL, uma do PSL e uma do próprio DEM.
O chamado gabinete do ódio também foi incluído no Centrômetro — que pode ser acessado em centrometro.mbl.org.br—, com “participação especial”, segundo Kataguiri.
Eles teriam emplacado o conselheiro de Itaipu, Celio Faria Junior, com salário de R$ 27 mil.