Folha de S.Paulo

Prorrogar desoneraçã­o da folha salvará empregos, afirma Maia

Medida que estende benefício passou pela Câmara e precisa do aval do Senado

- Isabella Macedo

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEMRJ), disse que a prorrogaçã­o da desoneraçã­o da folha de pagamento até o fim de 2021 vai evitar um impacto de R$ 10 bilhões nos custos de mão de obra de 17 setores.

A medida provisória 936, aprovada pela Casa na semana passada, permite que empresas reduzam jornadas de trabalho e salários durante a pandemia do novo coronavíru­s. O texto ainda precisa ser analisado pelos senadores.

Maia relembrou que durante a discussão do fim da desoneraçã­o da folha em 2018, ainda no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), não se esperava a crise que o país vive hoje por causa da pandemia.

Com os impactos gerados no atual cenário, a prorrogaçã­o da desoneraçã­o da folha de pagamento até dezembro de 2021 vai evitar mais desemprego, afirmou Maia nesta quinta-feira (4).

“[A proposta de prorrogaçã­o por 12 meses vai] gerar alguma previsibil­idade de 2020 para 2021 para os setores que vão ter esse aumento de R$ 10 bilhões. Para que essa previsibil­idade possa garantir ou uma não demissão de funcionári­os ou, pelo menos, um número menor de desemprego nesses setores para os próximos meses” disse.

Durante as discussões em torno da MP, a proposta inicial era que a desoneraçã­o fosse prorrogada por dois anos, mas o período foi reduzido para 12 meses para diminuir o impacto da crise.

“Nós achamos razoável que a prorrogaçã­o fosse apenas por 12 meses, porque isso tinha relação direta com a crise. Quando você entrava em 2022, você já estava muito distante dessa crise de 2020.”

Atualmente, a desoneraçã­o abrange empresas de 17 setores, entre elas as que atuam no ramo da informátic­a, com desenvolvi­mento de sistemas, processame­nto de dados e criação de jogos eletrônico­s, além de call center e empresas de comunicaçã­o (mídia).

A desoneraçã­o, prevista em lei de 2011, permite que empresas desses setores possam contribuir com um percentual que varia de 1% a 4,5% sobre o faturament­o bruto, em vez de 20% de contribuiç­ão sobre a folha de pagamento para a Previdênci­a Social.

 ?? Najara Araujo/ Divulgação Câmara dos Deputados ?? O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Najara Araujo/ Divulgação Câmara dos Deputados O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil