Bolsonaro inaugura 1º hospital de campanha federal
águas lindas de goiás Depois de cem dias de pandemia, 34.021 mortes provocadas pela Covid-19 e três nomes diferentes no comando do Ministério da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) inaugurou nesta sexta-feira (5) o primeiro hospital de campanha construído pelo governo federal.
Sem máscara de proteção, Bolsonaro desceu do helicóptero, escorregou no barro, levou um tombo e participou de uma rápida cerimônia, 55 dias após ter visitado o canteiro de obras.
O serviço começou em 7 de abril e, no dia 23 do mesmo mês, a estrutura foi entregue. Por questões burocráticas, segundo o governo de Goiás,
somente no fim da semana passada a gestão do hospital foi repassada ao estado.
“Do fundo do coração, a gente torce para que pouca gente venha para cá, que é sinal de que não precisa de atendimento”, disse Bolsonaro, numa fala que reuniu menções a tacógrafos, taxímetros, radares de velocidade, bombas de gasolina, isenção de imposto para importação de armas e críticas a quem pretende se manifestar contra seu governo.
O presidente não fez referência ao novo recorde diário de mortes por Covid-19 no Brasil. De acordo com dados divulgados na noite de quinta (4) pelo Ministério da Saúde, o país registrou 1.473 óbitos pela doença em 24 horas.
“A gente espera que esta questão do vírus se atenue rapidamente de modo que o comércio volte a funcionar”, disse Bolsonaro.
Dos 200 leitos da unidade de saúde, apenas 10 são de UTI, embora o governo de Goiás afirme que os outros 190 também podem ser convertidos em leitos de unidade de terapia intensiva.
Quando o presidente da República visitou as obras do hospital, em 11 de abril, estava acompanhado de Luiz Henrique Mandetta, então ministro da Saúde, substituído por Nelson Teich, que já deixou o cargo, agora sob comando do general Eduardo Pazuello.