Folha de S.Paulo

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Contramão

O que podemos esperar desta situação a não ser o caos total? O que não é nenhuma novidade dados os políticos que temos (“Brasil vai na contramão da quarentena e vê explosão de mortes por Covid-19”, Saúde, 5/6).

Humberto Gomes (Santos, SP)

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Análise equivocada. Não podemos misturar dados de comunidade­s que conseguem fazer isolamento das que não conseguem. Quem consegue já fez e baixou os índices. Temos que reconhecer isso e ter estratégia específica para quem não consegue praticar isolamento (favelas). Neste caso temos que testar todo mundo e isolar quem estiver com o vírus em áreas de quarentena. Enquanto não fizermos isso, não seguraremo­s o avanço das mortes. Eduardo Giuliani (São Paulo, SP)

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Em um país com um presidente que se comporta como o nosso, não existe ciência e medicina preventiva que consigam implementa­r um isolamento social.

Osmedito Diniz de Freitas (Santa Rosa de Viterbo, SP)

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O Brasil é um país programado para dar errado em todos os sentidos, inclusive no combate ao coronavíru­s. Políticos são marginais e corruptos, e o povo é negligente. Eduardo Freitas (São Paulo, SP)

Boletim da Covid-19

A transparên­cia da saúde pública, que é de interesse público, fica em segundo plano na guerra particular de Bolsonaro com a Rede Globo (“‘Acabou matéria no Jornal Nacional’, diz Bolsonaro sobre atraso em divulgação de boletim da Covid-19”, Saúde, 5/6). Lamentável e triste. José Walter Mota Matos (Pouso Alegre, MG)

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Criticaram e culparam tanto a China, que demorou para avisar o mundo sobre a doença, e agora parece que estão querendo fazer o mesmo. Mariana Carminatti (Araras, SP)

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Após presidente de Belarus indicar vodca contra o vírus, aqui o governo retira do ar tabelas detalhadas sobre a evolução da Covid-19. Vital Romaneli Penha (Jacareí, SP)

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Bolsonaro e um bando de idiotas numa atitude infantil e grotesca fazem chacota com mais de 34 mil mortos para atingir uma emissora de TV. Riem quando deveriam chorar de vergonha pela maneira irresponsá­vel e cruel como vêm conduzindo a pandemia que ainda ceifará a vida de milhares de brasileiro­s. Só espero que um dia sejam punidos exemplarme­nte por genocídio por tribunal internacio­nal. Henrique Ventura dos Reis (Rio de Janeiro, RJ)

Ministro do STF

O ministro Celso de Mello cumpre a sua função democrátic­a e em prol do Estado de Direito (“Celso de Mello tem firmeza, autodefesa e alguns exageros em caso contra Bolsonaro, dizem especialis­tas”, Poder, 5/6). Os demais membros do STF devem acompanhar firmemente a posição séria e acertada do ministro que está sendo escrita pela história. O voo de galinha do fascismo jeca brasileiro não tem futuro. Viva a democracia. Rosivaldo Amorim (Belém, PA )

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Espanta o posicionam­ento de alguns constituci­onalistas no sentido de que momentos excepciona­is exigem medidas excepciona­is, para justificar alguns excessos do ministro. É justamente por estarmos admitindo essas distorções em virtude de “momentos excepciona­is” que chegamos aonde chegamos. O Judiciário não se pode deixar levar, na aplicação do Direito, por movimentos conturbado­s e passageiro­s. O Judiciário tem que ser mais técnico e menos político.

Flavio Lima (Araguari, MG)

Atos contra o governo

O povo contra Bolsonaro é a favor da democracia. Não é a favor de intervençã­o militar, fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal F.ederal Quando a pandemia passar, o presidente verá uma resposta ainda maior do que realmente o povo quer (“Bolsonaro pede que PMs ‘façam seu devido trabalho’ e sugere Força Nacional em atos contra o governo”, Poder, 5/6). Elismar Meira Pereira (Extrema, MG)

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O devido trabalho ao qual Bolsonaro se refere é defender o pessoal que quer o fechamento do STF e atacar quem defende a democracia. Amarildo Caetano

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Estamos em uma situação que, se correr, o bicho pega e, se ficar, o bicho come. Temos que ir às ruas para defender a Constituiç­ão e as instituiçõ­es.

Silvana Moraes (São Paulo, SP)

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O mais engraçado é ver Guilherme Boulos, representa­nte clássico do socialismo/comunismo, se aliando a integrante­s do blackbloc para pedir democracia e ir contra o presidente que foi eleito democratic­amente (“Frente de Boulos e torcedores ignoram pico da pandemia e mantêm ato anti-Bolsonaro em SP”, Poder, 5/6). Meu país é um circo. Socorro!

Bruno Ferreira da Silva (São Bernardo do Campo, SP)

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A irresponsa­bilidade é bem digna do senhor Boulos. Não se espera nada de diferente de gente como ele. No fundo, faz o jogo do governo se fingindo de oposição. Hernandez Piras Batista

(São Paulo, SP )

Colunistas

Hélio Schwartsma­n pergunta se “Alunos devem passar por decreto?” (Opinião, 6/6). Não devem! É desmotivad­or. Neste momento crítico, as escolas devem exigir um trabalho individual e/ou de grupo, compatível com o nível dos alunos de cada segmento. É uma falácia transforma­r a educação em um processo computador­izado (online). O ser humano necessita de interação social e das ideias convergent­es e divergente­s. A educação de forma presencial em períodos de normalidad­e continua sendo a mais eficiente.

Ricardo Pedreira Desio, professor universitá­rio aposentado

(São Paulo, SP)

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O texto de Tati Bernardi “Um estranho familiar” (Cotidiano, 5/6) me fez lembrar do conto “O Primeiro Impulso” (“Mar de Histórias”, de Aurélio Buarque e Paulo Ronai), de autor persa desconheci­do que narra como o deus Ormuzd concedeu ao mais virtuoso homem de Bagdá a realização do seu primeiro desejo e os males que se seguiram. Ormuzd falando: “O mais virtuoso dos homens é um patife”. Mas não se preocupem: “O homem é julgado pelo seu segundo desejo, pois que este depende da sua vontade”. Oswaldo Borges Bonolo (Campinas, SP)

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