PAINEL S.A. Despensa
O valor das compras no varejo de alimentos subiu nos dias seguintes à liberação do auxílio emergencial de R$ 600, em sinal de que o recurso foi usado para a aquisição de itens de primeira necessidade, segundo pesquisa da empresa de inteligência de mercado Horus com base em notas fiscais. A média saltou de um patamar em torno de R$ 35 no dia 14 de abril, quando saiu a primeira parcela, para mais de R$ 55 no dia 18 e a quantidade de produtos na sacola saiu de seis para dez.
bolso
A data em que a elevação do consumo ocorreu costuma ter desempenho inferior. Meio de mês não é período típico de alta de despesa, segundo Luiza Zacharias, sócia da Horus. O fôlego nas compras se deslocou do começo do mês, quando os assalariados têm recurso disponível, para a segunda semana.
bairro
O levantamento mostra o pequeno varejo como o canal de vendas que mais sentiu a variação depois do pagamento do auxílio, com alta de 10% no intervalo de 14 a 18 de abril ante o período entre os dias 3 e 13 do mês. Grandes redes e atacarejos, que têm menor presença em regiões de baixa renda, não registraram o mesmo avanço.
puxão de orelha
Servidores do Ministério da Economia se surpreenderam nos últimos dias com uma orientação enviada pela pasta sugerindo que se comportassem nas redes sociais. O recado, que citava liberdade de expressão, foi encaminhado pela comissão de ética do órgão.
tenha modos
“Nossas imagens pessoal e profissional estão conectadas: seja no WhatsApp, Facebook, Twitter, quem vê seu perfil nas redes sociais está vendo também comentários, fotos e informações de um agente público. As redes sociais são úteis, mas devemos usá-las com cuidado”, diz a mensagem.
mensageiro
Procurado, o Ministério da Economia afirmou que a publicação foi feita por sua comissão de ética, mas era um pedido da Presidência, que não respondeu aos questionamentos da coluna. Os servidores se sentiram incomodados porque Bolsonaro disse na quinta-feira (4) que a liberdade de expressão tem de ser para todos.
mergulho
Após estocarem papel higiênico na pandemia, os americanos começaram a buscar piscinas de armar para passarem o verão no quintal de casa. Segundo o New York Times, nas lojas em que o item ainda não esgotou, há filas de espera com encomendas. Fabricantes das piscinas nos EUA dizem que estão recebendo pedidos de todo o país.
em alta
A pandemia consolidou a prestação de serviços a distância até no mercado de elevadores, segundo a Atlas Schindler, que diz ter percebido alta de 220% na demanda por assistência remota no ano.
descanso
Já as vendas de equipamentos de ginástica, turbinadas no início da quarentena, desaceleram. Na Fitness, que registrou alta de 250% em março ante fevereiro, o aumento de maio em relação a abril ficou em 18%. Ainda estão mais de 160% acima do mesmo período em 2019.
futuro
A demanda por peças de escritório parece fortalecer a crença de que o home office veio para ficar. Segundo a OLX, na terceira semana de maio, a procura por cadeiras subiu 417% ante o início de março. Outras categorias que avançaram foram mouse (266%) e teclado (208%).
ré
Enquanto a Anfavea, associação nacional dos fabricantes de veículos, registrava na sexta (5) o tombo de mais de 90% na produção por aqui, o setor recebia outras más notícias nos últimos dias. A marca de luxo Bentley anunciou a intenção de cortar mil vagas no Reino Unido, cerca 25% de sua força de trabalho.
ponto morto
Até a fabricante do carro de James Bond, a Aston Martin, afirmou que precisa acabar com 500 postos. Outra que anunciou um corte de 1.200 empregos dias antes foi a McLaren.
clique
A digitalização acelerada na pandemia se reflete nos conselhos das empresas. A parcela com duas ou mais cadeiras ocupadas por executivos de áreas digitais passou de 28% em 2018 para 36% neste ano. A conclusão é de um estudo da empresa de recrutamento Russel Reynolds com as 300 maiores companhias de capital aberto no mundo.
tela
Mais de um terço destes profissionais foram efetivados nos últimos dois anos. Na Europa, a parcela de diretores com viés digital já era grande (65%), mas no continente americano o número de conselhos com dois ou mais membros do setor foi de 38% em 2018 para 49% neste ano.