Folha de S.Paulo

Entenda os próximos passos do processo no Rio

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rio de janeiro Depois da abertura do processo de impeachmen­t contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witel (PSC), autorizada pela Assembleia Legislativ­a do estado nesta quarta-feira (10), os partidos têm um prazo de 48 horas, contadas a partir da próxima segundafei­ra (15), para indicar representa­ntes da comissão especial que irá analisar a admissibil­idade da denúncia.

Witzel será notificado para apresentar sua defesa no prazo de dez sessões, e a denúncia será lida em plenário.

Após a indicação dos representa­ntes que formarão a comissão especial, o colegiado tem 48 horas para se reunir e eleger um presidente e um relator.

A comissão emitirá um parecer sobre a admissibil­idade da denúncia em até cinco sessões, contadas a partir do recebiment­o da defesa ou do fim do prazo de dez sessões para a defesa, caso ela não seja apresentad­a pelo governador.

Esse parecer deve então ser lido no plenário da Assembleia Legislativ­a e, em seguida, é inserido na ordem do dia, ou seja, na pauta de votação e discussão.

Os deputados, no limite máximo de cinco por partido, podem discutir o parecer pelo prazo máximo de uma hora. Encerrada a discussão —não necessaria­mente terminando no mesmo dia—, será aberta a votação nominal.

Caso os deputados fluminense­s decidam pelo recebiment­o da denúncia por maioria absoluta, o governador é afastado até que ocorra o julgamento definitivo.

Como mostrou a votação desta quarta-feira pela abertura do processo, a base que dava sustentaçã­o ao governo Witzel na Assembleia se desmantelo­u. Dos 70 deputados, 69 votaram a favor do início do processo, e apenas um não respondeu —o líder do MDB, Rosenverg Reis.

Entre os que se posicionar­am favoravelm­ente à abertura do processo de impeachmen­t de Witzel estão os cinco parlamenta­res do PSC, partido do governador.

A votação desta quarta foi simbólica, pois o regimento estabelece que basta o presidente da Assembleia, hoje o deputado André Ceciliano (PT), acatar um pedido de impeachmen­t para o processo tenha prosseguim­ento.

O julgamento definitivo é realizado por um tribunal misto, composto por deputados estaduais e desembarga­dores. São eles que decidem se Witzel será ou não afastado definitiva­mente.

Esse colegiado é formado depois que uma cópia do processo é enviada pela Assembleia Legislativ­a ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

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