Desce uma estrela
Prefeito de Nova York é patinho feio entre progressistas
Ele foi o primeiro expoente da esquerda do Partido Democrata a ser eleito para governar uma grande cidade americana.
O prefeito Bill de Blasio está navegando a pandemia e os protestos pela morte de George Floyd como o patinho feio entre os progressistas americanos.
Na segunda (8) centenas de atuais e ex-funcionários da prefeitura se reuniram em frente à sede do governo para repudiar o apoio de de Blasio à atuação policial nos protestos, uma cena sem precedentes. A defesa da polícia parece ter sido agota d’ água para servidores públicos que acreditavam ter aderido ao primeiro governo progressista da cidade e acusamo prefeito de não ouvir sua base.
Os vídeos de espancamento de manifestantes durante o desastrado toque de recolher decretado por De Blasio —o primeiro na cidade em 75 anos— provocaram indignação generalizada. O prefeito suspendeu a medida no domingo (4).
A resistência de De Blasio a fechar as escolas e impor distanciamento social em Nova York contribuiu para acidade mais densa do país se tornar o epicentro da pandemia do coronavírus. Um estudo epidemiológico da Universidade de Columbia estimou que, se acida detivesse fechado apenas uma semana mais cedo, no dia 8 de março, a região metropolitana de Nova York teria registrado menos 209.987 casos de infecção e 17.514 menos mortes.
O democrata sucedeu o bilionário Mike Bloomberg em 2014 com uma plataforma de dois temas, desigualdade econômica e reforma para reduzir racismo na polícia.
Quando De Blasio anunciou queia eliminara prática de“stop and frisk” (deter e revistar), que punia desproporcionalmente negros e latinos, Bloomberg previu que o crime voltaria a subir de sua baixa histórica a níveis da década de 1960. Não subiu e, sob De Blasio, Nova York se tornou agrande cid ademais segurados EUA. De Blasio chegou já hostilizado por Wall Street, como previsível, por propor taxar milionários e bilionários, além de subir impostos prediais.
Encarou amplo ceticismo ao prometer o mais ambicioso programa de vagas pré-escolares na educação pública, talvez sua realização mais duradoura. Mas que não bastou para que a maioria dos nova-iorquinos reagisse com sarcasmo e irritação à sua quixotesca pré-candidatura a Presidência, suspensa em setembro do ano passado.
Os resultados do plano préescolar são, de fato, expressivos, com quase 100 mil crianças de 3 e 4 anos inscritas.
Masa pandemia e a tensão racial sinalizam possíveis mudanças para a eleição municipal de 2021. Os candidatos prováveis do establishment político local podem perder o lustre, numa cidade que vai emergir com cofres esvaziados pela queda de receita e uma possível fuga de moradores afluentes para subúrbios abastados.
A fórmula do forasteiro gestor pode emplacar de novo? O presidente da CNN, Jeff Zucker, sugeriu que pode molhar o pé nas águas políticas, porque“acidade vai precisar de um prefeito muito forte”.Zucker,ói roni a,éaqu em Trump deve a presidência.
Quando dirigia a rede NBC, Zucker ressuscitou um Trump desmoralizado por uma série de falências, inventando o empresário como apresentador dos reality shows Aprendiz e Celebridade Aprendiz, nada menos do que “infomercials” contínuos para os negócios da família Trump. Zucker pode descobrir que não há branqueador para esta mancha no currículo.