Vírus já mata mais do que trânsito no país em um ano
Mortes passam a marca de 40 mil, mostra consórcio de veículos de imprensa
O Brasil registrou ontem 1.261 mortes pela Covid-19 e chegou a 41.058 vidas perdidas. Os dados apontam que, em pouco mais de três meses, o novo coronavírus vitimou mais brasileiros do que os acidentes de trânsito em todo o ano de 2019 —40.721 óbitos, segundo dados da Seguradora Líder-DPVAT.
As mortes pela doença já ultrapassaram também o total registrado em 2019 com homicídios dolosos. Foram 39.776 em todo o ano passado, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. E se aproximam das marcas anuais de outras enfermidades, como as do aparelho geniturinário (43.428).
Na sua décima quinta semana sob Covid-19, o Brasil apresenta taxa de 19 mortos por 100 mil habitantes. Os EUA, com o maior número de mortos e cinco semanas adiante na pandemia, e o Reino Unido, segundo da lista e em sua décima nona semana, têm 34,4 e 62 mortos para cada 100 mil.
Na Argentina, onde o coronavírus desembarcou nove dias mais tarde que no vizinho, uma quarentena muito mais rígida foi seguida. O índice é de 1,7 morte por 100 mil habitantes.
O Brasil registrou nesta quinta-feira (11) 1.261 mortes registradas pela Covid-19 e chegou a 41.058 vidas perdidas. Os dados apontam que, em pouco mais de três meses, o novo coronavírus vitimou mais brasileiros do que os acidentes de trânsito em todo o ano de 2019.
Em 16 de março, na cidade de São Paulo, a doença matava o primeiro brasileiro. Desde então, os mais de 40 mil óbitos pelo novo coronavírus superaram as 40.721 mortes no trânsito em todo o ano de 2019 —segundo os dados da Seguradora Líder-DPVAT.
Além disso, as mortes pela Covid-19 no Brasil já ultrapassaram o total registrado em 2019 com homicídios dolosos. Foram 39.776 em todo o ano passado, de acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Em menos de três meses de pandemia da Covid-19 no país, as mortes pelo novo coronavírus também já se aproximam das anuais de outras doenças, como as do aparelho geniturinário (43.428), como problemas renais, segundo dados de 2018 do DataSUS.
Os dados sobre mortes e casos de Covid-19 são fruto de colaboração inédita entre Folha, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL para reunir e informar n úmeros sobre o novo coronavírus, que são coletados diretamente com as Secretarias de Saúde. O balanço é fechado diariamente às 20h.
Na sua 15ª semana de pandemia de Covid-19, o Brasil tem uma taxa de 19 mortos por 100 mil habitantes. Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos e está cinco semanas adiante na pandemia, e o Reino Unido, que ocupa a segunda posição e está em sua décima nona semana, têm 34,4 e 62 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou apenas nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 1,7 morte por 100 mil habitantes.
Comparado a outros países, o Brasil é o terceiro com o maior número de mortos pelo vírus, atrás de EUA e Reino Unido. Contudo pode superar em breve os britânicos, segundos da lista, que registrava mais de 41 mil mortes até a quarta (10).
Mais uma vez, em números gerais, a maior parte das novas mortes e casos ocorreu em São Paulo. Nesta quinta, porém, após dois dias seguidos de recordes de mortes, o estado registrou 283 novos óbitos pela doença e 6.204 novos casos. O estado totaliza 10.145 mortes e 162.520 casos da doença.
Em seguida, os estados com maior número de mortes em 24 h são RJ (225, com total de 7.363 óbitos), e CE (189, com 4.708). Até aqui, a semana marca um crescimento nas mortes no Rio, saindo de 74 óbitos na segunda (8) para 225.
Já o Ceará teve dados acima de 160 mortes diárias desde segunda, quando registrou 217 óbitos pela Covid-19.
No boletim diário do Ministério da Saúde, são apontados 1.239 novas mortes, totalizando 40.919 vidas perdidas, e 30.412 novos casos, o que totaliza 802.828 pessoas infectadas com Covid-19 no país.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta ao governo Jair Bolsonaro, que sonegou dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Por determinação do STF, o Ministério da Saúde voltou a informar na terça (9) mortes e casos acumulados. As informações haviam sido tiradas do ar na sexta (5).