Folha de S.Paulo

Sem Brasília, SP se defende e procura a China por vacina

- Nelson de Sá nelson.sa@grupofolha.com.br

No topo das buscas de Brasil por agregadore­s como Baijiahao, do gigante chinês Baidu, o site Sina informou que o país ou, melhor, São Paulo “vai participar da terceira fase de testes da vacina da China contra o coronavíru­s”, através do Instituto Butantan.

Na home page do South China Morning Post, jornal do gigante de tecnologia Alibaba, “Brasil vai produzir vacina chinesa contra vírus”. Detalha que o governo paulista assinou com a Sinovac, de Pequim, que desenvolve a vacina em estágio mais avançado.

O noticiário se espalhou do argentino Clarín, “São Paulo faz parceria com laboratóri­o chinês para produzir vacina”, ao site de notícias financeira­s Seeking Alpha, “Sinovac fecha acordo para desenvolve­r vacina para Covid-19”.

Também New York Times e outros americanos, reproduzin­do Associated Press, “Brasileiro­s participam de teste de vacina chinesa”, e Reuters, “Instituto de pesquisas do Brasil faz acordo para testar e produzir vacina chinesa”.

Ao longo da cobertura global, destaque para o governador João Doria.

AINDA DEMOCRACIA Dois meses após editorial em que afirmou no título que “Bolsonaro é o pior” no combate à pandemia, o Washington Post fez novo editorial, agora sobre as ações que espelham “regimes autocrátic­os ao redor do mundo”, como falsificar dados. “Felizmente, o Brasil continua sendo uma democracia, e líderes do Congresso, governos locais e a mídia independen­te reagiram.”

TRUMP TORCE Depois de listar outras ameaças do presidente e até de “um general”, o WP alerta, fechando o editorial: “Infelizmen­te, é mais provável que Trump torça por Bolsonaro do que o contenha. Caberá aos próprios brasileiro­s impedir a ‘ruptura’ que Bolsonaro está cortejando”.

BERLIM & PEQUIM Também Angela Merkel, a chanceler alemã, se volta à China. Em vídeo com o primeiro-ministro Li Keqiang, insistiu por mais acesso das empresas de seu país ao mercado consumidor chinês, como destacaram Der Spiegel, Süddeutsch­e, Handelsbla­tt e outros alemães. Chineses, do canal de notícias CGTN ao South China Morning Post, cobriram com chamadas semelhante­s.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil