Sem Brasília, SP se defende e procura a China por vacina
No topo das buscas de Brasil por agregadores como Baijiahao, do gigante chinês Baidu, o site Sina informou que o país ou, melhor, São Paulo “vai participar da terceira fase de testes da vacina da China contra o coronavírus”, através do Instituto Butantan.
Na home page do South China Morning Post, jornal do gigante de tecnologia Alibaba, “Brasil vai produzir vacina chinesa contra vírus”. Detalha que o governo paulista assinou com a Sinovac, de Pequim, que desenvolve a vacina em estágio mais avançado.
O noticiário se espalhou do argentino Clarín, “São Paulo faz parceria com laboratório chinês para produzir vacina”, ao site de notícias financeiras Seeking Alpha, “Sinovac fecha acordo para desenvolver vacina para Covid-19”.
Também New York Times e outros americanos, reproduzindo Associated Press, “Brasileiros participam de teste de vacina chinesa”, e Reuters, “Instituto de pesquisas do Brasil faz acordo para testar e produzir vacina chinesa”.
Ao longo da cobertura global, destaque para o governador João Doria.
AINDA DEMOCRACIA Dois meses após editorial em que afirmou no título que “Bolsonaro é o pior” no combate à pandemia, o Washington Post fez novo editorial, agora sobre as ações que espelham “regimes autocráticos ao redor do mundo”, como falsificar dados. “Felizmente, o Brasil continua sendo uma democracia, e líderes do Congresso, governos locais e a mídia independente reagiram.”
TRUMP TORCE Depois de listar outras ameaças do presidente e até de “um general”, o WP alerta, fechando o editorial: “Infelizmente, é mais provável que Trump torça por Bolsonaro do que o contenha. Caberá aos próprios brasileiros impedir a ‘ruptura’ que Bolsonaro está cortejando”.
BERLIM & PEQUIM Também Angela Merkel, a chanceler alemã, se volta à China. Em vídeo com o primeiro-ministro Li Keqiang, insistiu por mais acesso das empresas de seu país ao mercado consumidor chinês, como destacaram Der Spiegel, Süddeutsche, Handelsblatt e outros alemães. Chineses, do canal de notícias CGTN ao South China Morning Post, cobriram com chamadas semelhantes.