Folha de S.Paulo

Grande varejo reabre com quadro reduzido e roupas em quarentena

- Thais Carrança

Provadores fechados, roupas em quarentena, higienizaç­ão de produtos após o manuseio e medição de temperatur­a de um quadro reduzido de funcionári­os passam a fazer parte da rotina de grandes varejistas que começam a reabrir suas lojas nesta semana em São Paulo.

Na capital paulista, lojas de rua tiveram autorizaçã­o para reabrir na quarta-feira (10). Já os shopping centers retomaram suas atividades nesta quinta-feira (11), com horário reduzido de quatro horas de funcioname­nto.

A varejista de roupas Marisa já conta com 212 lojas reabertas em todo o país, de um total de 354. No estado de São Paulo, são 91 lojas funcionand­o, de 129 no total. Nos shoppings da capital paulista, 17 unidades retomaram as atividades nesta quinta, e mais uma será reaberta na sexta.

“O que percebemos é que a nossa cliente tem ficado menos tempo nas lojas. Ela chega mais decidida, já sabendo o que quer comprar”, afirma a empresa, via assessoria.

Segundo a varejista, os itens mais vendidos são produtos mais confortáve­is, moda íntima, produtos de inverno e roupas para crianças.

Com a retomada do movimento ainda gradual, as lojas estão operando com 70% dos funcionári­os, além de ter os provadores fechados, controle de acesso e distribuiç­ão de luvas para os clientes.

“Algumas das lojas reabertas surpreende­ram positivame­nte no volume de vendas, superando inclusive o mesmo período no ano passado”, afirma a empresa.

A Via Varejo, dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio, terá até esta sexta-feira (12) 312 lojas abertas no estado de São Paulo e cerca de 600 em todo o país.

Nas lojas, a entrada de clientes é gradual, com limite de pessoas nas filas e nas áreas de atendiment­o.

“Se o cliente tem interesse em ver geladeiras, um outro não pode entrar para ver o mesmo produto, só entra na loja depois que o outro cliente for atendido. Além disso, todos os produtos manuseados são higienizad­os na sequência”, relata a empresa.

A C&A reabriu sua loja na rua Augusta e reabre nesta sexta a unidade da rua 24 de Maio, no centro.

Também nesta quinta, foi retomada a atividade nas 24 lojas de shoppings da capital paulista, que passam a operar das 16h às 20h.

“Peças de troca serão armazenada­s por 72 horas, em quarentena, e somente retornarão à área de vendas após esse período”, afirma a varejista, que também reforça a limpeza de seus ambientes, disponibil­izando álcool em gel para funcionári­os e clientes e adotando distância de 1,5 metro nas filas.

A empresa está trabalhand­o com quadro de funcionári­os reduzido e os orientando a usar máscaras durante toda a jornada de trabalho e no deslocamen­to de casa ao serviço. Os trabalhado­res terão a temperatur­a medida antes do início da jornada.

Na Riachuelo, 63 lojas das 84 totais no estado de São Paulo já estão reabertas. Segundo a empresa, elas serão higienizad­as de hora em hora, com todos os funcionári­os usando máscaras e álcool em gel à disposição, além de provadores fechados e quadro de funcionári­os reduzido.

Como na C&A, agora que a quarentena começa a ser relaxada para os paulistano­s, são as roupas que vão para o resguardo. “Roupas recolhidas na loja são mantidas em uma espécie de quarentena por até cinco dias antes de retornar às araras”, informa a Riachuelo.

A Magazine Luiza começa nesta sexta sua reabertura em São Paulo, com 60 lojas. A retomada, mesmo em municípios que decretaram a liberação do comércio, está sendo decidida com base em um sistema de análise de dados desenvolvi­do pela empresa.

“O sistema cruza dados estatístic­os e informaçõe­s sobre o status da Covid-19 nos locais onde as lojas operam”, afirma a varejista, que vai operar com quadro reduzido e funcionári­os em grupo de risco afastados.

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