COMEÇAR DE NOVO
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEMAP), articula uma ação para ser apresentada no STF (Supremo Tribunal Federal) que poderá permitir a reeleição dele para mais um mandato de dois anos —o que hoje é vedado pela Constituição.
A tese, que deve ser apresentada por um outro partido, vai questionar o fato de presidentes do Senado que terminam o mandato no fim da legislatura de quatro anos poderem se eleger para o período subsequente.
Como se trata de uma nova legislatura, a escolha do presidente do Senado é tratada como uma nova eleição — ainda que o candidato seja o mesmo presidente que já passou os dois anos anteriores no cargo. Ou seja, de fato, ela funciona como uma reeleição.
A prática foi inaugurada quando o ex-senador Antonio Carlos Magalhães foi reconduzido ao cargo, em 1999.
No caso de Davi, o mandato termina no meio da legislatura, ou seja, neste ano. E ele não poderia ser reeleito. Mas os autores da ação vão questionar se não deveria haver uma isonomia —ou seja, já que ex-presidentes como ACM puderam se reeleger, por que ele não poderia?
A nomeação de Fabio Faria para o Ministério das Comunicações seria sinal eloquente de que Jair Bolsonaro quer tentar inaugurar uma fase menos belicosa de governo.
O presidente tem dito a interlocutores que já está cansado de tanta disputa, e quer paz para governar.
O MBL (Movimento Brasil Livre), que enviou uma militante para a porta do Palácio da Alvorada para provocar Bolsonaro, tenta recrutar pessoas para voltarem ao local.
A missão não é fácil: o militante deve ser ligado ao movimento, mas desconhecido para não ser barrado. Precisa ser espirituoso. E destemido, já que precisará se misturar a apoiadores muitas vezes radicais do presidente.
A subprefeitura de Santo Amaro, na zona sul de SP, solicitou a instalação de gradis em torno da estátua do bandeirante Borba Gato. Ela também passou a ser vigiada por um carro da Guarda Civil Metropolitana que fica 24 horas estacionado por perto.
A obra voltou a ser alvo de grupos nas redes sociais que defendem a derrubada de monumentos de figuras com passados marcados por racismo e misoginia.
O Centro de Tradições de Santo Amaro se diz preocupado com uma eventual destruição da peça, cujo autor foi Júlio Guerra (1912-2001). “A escultura transcende o historicismo, dada a importância da obra, que configura-se patrimônio cultural imaterial”, diz o grupo.
Na Inglaterra, o monumento de um traficante de escravos veio abaixo em Bristol nesta semana. Nos EUA, uma estátua de Cristóvão Colombo foi incendiada e jogada em um lago da Virgínia.
O coreógrafo Wagner Schwartz vai pedir à Justiça que Arthur Weintraub, assessor especial do presidente Bolsonaro e irmão do ministro da Educação, explique os ataques que fez a seu trabalho em uma publicação em seu Twitter na quinta (11).
Arthur compartilhou uma foto em que Schwartz aparece em cena, nu, ao lado de crianças, durante encenação da performance “La Bête”. “São dois grupos de pessoas hoje no Brasil. Aqueles que acham essa imagem arte, e aqueles que se revoltam muito com isso tudo”, escreveu ele.
Até o começo da noite, o post teve 3,5 mil retuítes e 15,2 mil curtidas. O Planalto não quis comentar o assunto.
Ex-conselheiro da Casa Branca, o advogado Donald McGahn vai debater com professores da Universidade de Humboldt, na Alemanha, e da Fundação Getúlio Vargas em live no sábado (13), às 16h, que será transmitida pelo canal do YouTube do IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público). A coordenação é dos professores do IDP Rodrigo Mudrovitsch e Ney Bello. O festival É Tudo Verdade realiza, no dia 23 de junho, debate sobre documentários políticos e autobiográficos na América Latina com os diretores Petra Costa e Andrés Di Tella. A mediação será de Amir Labaki e Anna Glogowski.