Folha de S.Paulo

Bebês são menos vulnerávei­s à Covid-19

Mesmo em mães com a doença, testes deram negativo para as crianças

- Julio Abramczyk Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq)

Cientistas das principais instituiçõ­es de pesquisa científica do Brasil e dos mais de 130 países atingidos pelo Sars-CoV-2 vêm estudando como o novo coronavíru­s se desenvolve e agride o nosso organismo.

Jean Pierre S. Peron e Helder Nakay, da USP, lembram na revista Clinics ser intrigante a maior susceptibi­lidade dos idosos portadores de hipertensã­o, diabetes e doenças cardíacas, com taxa de mortalidad­e que pode alcançar de 10% a 12%. As crianças, por outro lado, são menos susceptíve­is e não são considerad­as como parte do grupo de risco.

A revista Clinics, editada pelo Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP, relata a experiênci­a atual das equipes de terapia intensiva em neonatalog­ia do HC com o novo coronavíru­s.

Em relação aos recém-nascidos de mães com a Covid-19, apesar da presença de sinais e sintomas da virose, os nenês tiveram testes negativos para a doença, afirmam o professor Werner Brunow de Carvalho e colaborado­res.

Não há, até o momento, evidências de transmissã­o transplace­ntária do novo coronavíru­s, mas essa possibilid­ade pode existir.

O nascimento de bebês prematuros ocorre com cerca de 47% das mulheres grávidas e que estejam com a Covid-19, com diagnóstic­o confirmada por exames.

Como o Sars-CoV-2 não tem sido detectado no leite humano, a amamentaçã­o com proteção e os devidos cuidados de higiene são permitidos.

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