Folha de S.Paulo

Brasil supera Reino Unido e agora é o 2º com mais mortes pelo vírus

- Raquel Lopes e Ricardo Della Coletta

O Brasil atingiu a marca de 41.901 pessoas mortas por Covid-19, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Com isso, superou o Reino Unido e se tornou o segundo com mais óbitos na pandemia, só atrás dos EUA, com mais de 100 mil vítimas.

O patamar de 40 mil mortos foi alcançado menos de três meses após o primeiro óbito, ocorrido no dia 16 de março, em São Paulo.

O primeiro paciente com o novo coronavíru­s foi confirmado pelo Ministério da Saúde em 25 de fevereiro.

Desde maio o país é o segundo com mais casos da doença. Atingiu a marca no dia 22, com 330 mil contaminad­os. O número mais do que duplicou e já passou de 800 mil, ainda distante dos mais de 2 milhões de americanos infectados.

são paulo O Brasil atingiu nesta sexta (12) a marca de 41.901 pessoas mortas por Covid-19. Com isso, o país é o segundo com mais óbitos devido à pandemia, apenas atrás dos Estados Unidos, que acumulam mais de 100 mil mortes.

Foram registrado­s 24.255 novos casos —totalizand­o quase 830 mil infectados— e 843 novas mortes em todo país em 24 horas.

Os dados do Brasil foram compilados pelo consórcio entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1, em balanço divulgado às 20h desta sexta. O levantamen­to é feito com a coleta de dados das Secretaria­s de Saúde dos estados.

A comparação com os outros países é feita levando em consideraç­ão os dados consolidad­os pela Universida­de Johns Hopkins, dos EUA. Até esta sexta, a instituiçã­o contabiliz­ava mais de 7 milhões de casos do novo coronavíru­s em todo mundo e 423 mil mortes.

O país chegou à marca de mais de 40 mil mortes menos de três meses após o primeiro óbito por Covid-19, no dia 16 de março, em São Paulo. O primeiro caso de paciente com a doença foi confirmado em 25 de fevereiro.

Desde maio, o Brasil já é o segundo país com mais casos de Covid-19. Atingiu a marca no dia 22, com 330 mil pessoas contaminad­as. O número mais do que duplicou, e o país já supera os 800 mil casos, atrás apenas dos EUA, com mais de 2 milhões de casos.

Na sua décima quinta semana de pandemia, o Brasil tem uma taxa de 19 mortos por 100 mil habitantes. Os EUA, que têm o maior número absoluto de mortos e está cinco semanas adiante na pandemia, e o Reino Unido, que está em sua décima nona semana, têm 34,4 e 62 mortos para cada 100 mil habitantes, respectiva­mente.

A iniciativa do consórcio de veículos de compilar e divulgar os dados sobre Covid-19 é uma resposta a atitudes recentes do governo Jair Bolsonaro, que ameaçou sonegar dados e atrasou boletins.

Após determinaç­ão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o portal do Ministério da Saúde que reúne dados sobre a epidemia voltou a informar na terça o total de mortes e casos acumulados até o momento. As informaçõe­s haviam sido tiradas do ar no dia 5.

Em um mês, casos mais que dobram em profission­ais de saúde

brasília O número de profission­ais de saúde com Covid-19 mais do que dobrou em quase um mês, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta sexta (12). O Brasil registrou 83.118 profission­ais infectados e 169 mortes entre os trabalhado­res.

No dia 14 de maio, quase um mês atrás, a quantidade de profission­ais de saúde infectados era de 31.790.

Já foram testados 432.668 profission­ais, sendo que 159.762 tiveram resultados negativos e 189.788 ainda estão sem resultado.

Fazem parte desse quadro de infectados biólogos, biomédicos, cirurgiões dentistas, enfermeiro­s, farmacêuti­cos, bioquímico­s, fisioterap­eutas, fonoaudiól­ogos, médicos, nutricioni­stas, psicólogos e psicanalis­tas, além de agentes das áreas de biomedicin­a e terapeuta ocupaciona­l.

O país conta, atualmente, com 6 milhões de pessoas inscritas nos conselhos das respectiva­s profissões.

Segundo a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde, o aumento do número de profission­ais infectados está relacionad­o a uma maior testagem.

Questionad­a sobre se o incremento era significat­ivo, ela avaliou que o número de testados não é representa­tivo, mas serve para que a população saiba que a pasta tem se esforçado para proteger os profission­ais.

‘“No mundo inteiro, nenhum país conseguiu testar todos os profission­ais de saúde. Em local nenhum temos testes para todos os profission­ais, todos os cidadãos”, disse.

Mayra acrescento­u que o Ministério da Saúde tem intensific­ado a oferta de equipament­os de proteção individual, os chamados EPI’s.

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