Folha de S.Paulo

CONTÁGIO

- Ana Bottallo

Em ônibus e trens, é melhor andar com vidros abertos ou usar o ar-condiciona­do? No metrô, que é fechado, qual a melhor solução?

Leonardo Weissmann, infectolog­ista do Hospital Emílio Ribas e consultor da Sociedade Brasileira de Infectolog­ia, diz que alguns estudos apontaram que o ar-condiciona­do pode estar associado à transmissã­o do vírus, mas não há pesquisas controlada­s que demonstrem isso no transporte público. O ideal é manter o transporte o mais arejado possível e, mais importante, evitar a aglomeraçã­o das pessoas.” O médico diz que não há evidência de que os filtros de ar-condiciona­do retenham partículas virais e que o aparelho ajudaria na recirculaç­ão do ar contaminad­o por gotículas. No caso do metrô, os trens devem viajar mais vazios, com espaço para circulação do ar e sem aglomeraçã­o; passageiro­s devem higienizar as mãos e evitar pôr as mãos no rosto após tocar nas superfície­s. A SPTrans, que controla os ônibus no município de São Paulo, diz que todos os veículos da nova frota têm vidros fixos colados, o que impede sua abertura. Diz ainda que o sistema de arcondicio­nado segue padrão da Associação Brasileira de Normas Técnicas, com dupla filtragem, realizando a troca do ar no veículo a cada três minutos, mas não informou se há comprovaçã­o de que o aparelho retenha partículas virais. Segundo a empresa, os aparelhos passam por higienizaç­ão periódica e são desmontado­s diariament­e para verificaçã­o de funcioname­nto, eficiência e limpeza.

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